Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 22 de Agosto de 2016 às 22:31

Vila dos Papeleiros recebe candidatos a prefeito de Porto Alegre

Políticos interagiram com crianças do loteamento Santa Terezinha

Políticos interagiram com crianças do loteamento Santa Terezinha


CAROLINE BICOCCHI/PT/DIVULGAÇÃO/JC
Carolina Hickmann
Até 2050, aproximadamente 70% da população mundial viverá em áreas urbanas, suscetíveis a ocorrências extremas tanto de origem natural, como as oriundas de desastres climáticos, quanto social, como desemprego e violência. Para debater o tema, o projeto Desafio Porto Alegre Resiliente, grupo formado pela sociedade civil organizada, universidades e lideranças comunitárias, promoveu uma roda de conversa entre os candidatos ao Paço Municipal.
Até 2050, aproximadamente 70% da população mundial viverá em áreas urbanas, suscetíveis a ocorrências extremas tanto de origem natural, como as oriundas de desastres climáticos, quanto social, como desemprego e violência. Para debater o tema, o projeto Desafio Porto Alegre Resiliente, grupo formado pela sociedade civil organizada, universidades e lideranças comunitárias, promoveu uma roda de conversa entre os candidatos ao Paço Municipal.
O evento aconteceu no Centro Social Marista Irmão Antônio Bortolini, no loteamento Santa Terezinha - conhecido como Vila dos Papeleiros -, no 4º Distrito da Capital, e reuniu seis candidatos a prefeito e dois a vice. Na tentativa de interagir com as crianças atendidas pela instituição, parte dos candidatos dançou cânticos infantis com a turma de 6 a 9 anos.
As falas foram em ordem alfabética, e o primeiro com a palavra foi Fábio Ostermann (PSL). "Confesso que vim mais para ouvir do que para falar. Sou jovem demais para pretender ter o domínio sobre todas as informações. Tenho pautado a minha exposição por essa premissa básica", iniciou. Ostermann comprometeu-se com a causa e afirmou que sua proposta liberal de enxugamento de gastos é para "ajudar os vulneráveis". "A forma original de todo o ser humano é livre e dotado de dignidade", afirmou.
O candidato a vice na chapa de Nelson Marchezan Jr. (PSDB), Gustavo Paim (PP), disse não acreditar em governos que não tenham viés colaborativo, referindo-se ao projeto. "A resiliência é importante não só pela questão climática, que atinge cada vez mais nossa cidade, como também pela inclusão social. Esse tipo de rede colaborativa, que busca o bem-viver, é a cara do nosso projeto", afirmou Paim, que garantiu continuidade aos incentivos municipais, caso Marchezan - que não foi ao encontro por cumprir agenda parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília - seja eleito.
João Carlos Rodrigues (PMN) chamou a atenção da imprensa, que, segundo ele, não divulga iniciativas como a Porto Alegre Resiliente e colocou-se à disposição do projeto também como cidadão. "Não é só depois de eleito que as pessoas têm que caminhar ao lado de um projeto tão importante", argumentou. Rodrigues também lembrou das pessoas em situação de rua. "Nosso projeto prevê a criação do Centro de Reintegração Social, que vai dar oportunidade aos moradores de rua e reintegrá-los à sociedade."
Para o candidato Júlio Flores (PSTU), o tráfico de drogas em algumas comunidades dificulta a chegada de políticas públicas. "Uma das primeiras medidas deveria ser a legalização das drogas, para tirarmos das mãos dos traficantes esse poder e encararmos isso como uma questão de saúde pública", propôs. "Mas para resolvermos esse problema, precisamos de uma profunda reforma urbana", acrescentou.
Marcello Chiodo (PV) disse que sua candidatura é a própria resiliência, já que precisou de uma decisão liminar para participar do pleito, concedida no último dia do prazo para o registro da candidatura. De acordo com Chiodo, seu plano de governo está de acordo com as propostas do projeto, e detalhou uma das ideias para o mandato. "Essas empresas terceirizadas da prefeitura precisam ter uma cota de 5 ou 10% para moradores de rua. No edital, a gente já põe que tem que fazer tratamento para dependência química."
Outro vice presente foi Coronel Bonete (PR), que representou o cabeça de chapa Maurício Dziedricki (PTB). Para ele, só é possível superar os obstáculos que a cidade encontra com a colaboração entre poder público, iniciativa privada e comunidades. "Sabemos quais são os problemas em Porto Alegre. Precisamos trabalhar para termos alternativas e uma cidade mais sustentável e interativa", afirmou. Ele acredita que seu plano de governo esteja de acordo com as propostas que tornam Porto Alegre mais resiliente.
Para o candidato petista, Raul Pont, é fundamental que as esferas de governo estejam em consonância para que haja resiliência nos municípios. "Não vai haver resiliência que aguente se o Congresso Nacional aprovar esse cataclisma que é congelar o investimento em educação e saúde. Se for votado, não vai existir trabalho comunitário que aguente", afirmou.
O atual vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), foi o último a falar. Para ele, os saberes das diversas instituições que compõem a cidade precisam ser somados com a intenção de tornar a cidade mais forte. "Para mim, o primeiro degrau precisa ser a inclusão social", elencou. Melo acredita que todos os candidatos deste pleito estão aptos a fazer um bom governo. "Qualquer um de nós que se eleja, Porto Alegre estará em boas mãos", afirmou.
Luciana Genro (PSOL) não esteve presente por questões de agenda, mas mandou representante para reafirmar seu compromisso com a pauta. Ao final do evento, os candidatos assinaram uma carta de compromisso na qual se comprometeram a dar continuidade aos incentivos que auxiliam o projeto. O candidato Julio Flores alegou não concordar com a presença da iniciativa privada nas ações do grupo e não assinou o documento, mas disse estar comprometido com a pauta. Uma reunião será marcada para que Luciana também a assine.
pageitem_22_08_16_21_27_17_pg_21.jpg
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO