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Política

- Publicada em 01 de Agosto de 2016 às 19:01

Maia vai votar cassação de Cunha ainda em agosto

Rodrigo Maiadisse a aliados que quer se livrar o mais rápido possível do caso

Rodrigo Maiadisse a aliados que quer se livrar o mais rápido possível do caso


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que vai trabalhar para que o pedido de cassação do ex-presidente da Casa e deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja votado em plenário durante o mês de agosto, em uma semana de quórum alto. Ele já havia manifestado a intenção no mês passado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que vai trabalhar para que o pedido de cassação do ex-presidente da Casa e deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja votado em plenário durante o mês de agosto, em uma semana de quórum alto. Ele já havia manifestado a intenção no mês passado.
Maia evitou, porém, cravar a data exata. "O que disse é que a segunda semana poderia ser uma com quórum mais alto, mas já tem deputado dizendo que é a semana do registro das candidaturas", disse. "Então, vamos aguardar, para não dar uma data errada, e não criar nenhum tipo de frustração de nenhum dos lados", emendou.
Maia disse a aliados que quer se livrar o mais rápido possível do caso de Cunha, mas já avisou que não colocará o assunto em apreciação se houver menos de 460 deputados em plenário. Como sabe que toda cobrança sobre o resultado da votação recairá sobre ele, o deputado não quer que um possível arquivamento manche sua biografia política.
Ontem, durante a reunião de líderes, diversos parlamentares pressionaram o presidente Rodrigo Maia a ler o processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no plenário da Casa ainda nesta semana. Somente após a leitura durante sessão ordinária o processo poderá ser votado pelos deputados. Maia afirmou que pretende ler o documento nesta quarta-feira ou na próxima terça (dia 9). Devido ao período de eleição municipal, alguns líderes consideram que adiar a leitura para a próxima semana poderia representar que o presidente está tentando protelar o processo.
Após a leitura, começa a contar um prazo de até duas sessões para que a votação da cassação seja incluída na ordem do dia, porém o processo não tranca a pauta. Caso Maia só leia o caso na próxima terça, a votação poderia acabar sendo adiada para depois da eleição municipal, que ocorre durante o mês de outubro. Segundo o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), a próxima semana é a única "janela" antes do período eleitoral, porque não é período de campanha nem de convenções, e o quórum da Casa será maior. Os deputados estão fazendo um esforço concentrado para votações apenas na segunda e terça desta e da próxima semana.
Cunha já esgotou a sua possibilidade de recursos na Casa, e agora seus recursos cabem ao Supremo Tribunal Federal (STF), portanto, na prática, não haveria mais empecilhos regimentais para Maia realizar a leitura e marcar a data da votação. O presidente da Câmara alega que ainda não marcou a data, porque está analisando o caso e também estudando o quórum, porque não quer ter que remarcar a data. Para Molon, não há nenhum motivo para Maia não fazer a leitura. Ele disse que o presidente deve marcar a votação com antecedência e que os deputados que não comparecerem deverão se explicar aos seus eleitores.
Para o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), o Planalto vai tentar "enrolar". "Se marcar para semana que vem, será com o intuito de prorrogar. Se Maia deixar para semana que vem, vai ser acusado de compactuar com Cunha por medo de ele denunciar membros da base do governo", disse. Alguns membros do governo afirmam que a votação da cassação não deveria ocorrer antes da decisão do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Molon discorda e afirma que "uma coisa não tem nada a ver com a outra".
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