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Opinião

- Publicada em 30 de Agosto de 2016 às 17:35

A segurança da Capital agora tem a Força Nacional

Começaram a trabalhar em Porto Alegre os integrantes da Força Nacional de Segurança, que vieram ao Estado a pedido do governador José Ivo Sartori (PMDB), após mais um assassinato revoltante e covarde, contra mulher indefesa, que estava à espera do filho na saída do colégio.
Começaram a trabalhar em Porto Alegre os integrantes da Força Nacional de Segurança, que vieram ao Estado a pedido do governador José Ivo Sartori (PMDB), após mais um assassinato revoltante e covarde, contra mulher indefesa, que estava à espera do filho na saída do colégio.
Não foi o primeiro e, infelizmente, não será o último em Porto Alegre e no Estado. No entanto, o que revolta - e ainda magoa e traz forte reclamação - é que os meliantes estão agindo abertamente, em todos os locais e horários, sem que, tudo indica, tenham medo da ação policial.
Não se critica o trabalho da Brigada Militar, na prevenção, nem da Polícia Civil, na elucidação de crimes os mais diversos, eis que é sabido das prisões e ações para desbaratar quadrilhas na Capital e na Região Metropolitana.
Porém, os efetivos da Brigada e da Polícia Civil estão defasados para as necessidades de policiamento preventivo e de investigação. Uma trágica repetição de crimes à luz do dia, nos últimos meses em Porto Alegre, foi o ápice para o medo que trespassa a mente e os corações dos gaúchos, eis que muitas pessoas, milhares provavelmente, deixaram de sair à noite, ainda que, conforme dito e repetido, não há mais hora e local para que a morte esteja à espreita. Podemos ser a próxima vítima, em busca do carro, do dinheiro para a droga, do celular para ser levado aos presídios.
Porto Alegre já teve a Guarda Civil, a parte fardada da Polícia Civil, cujo prédio histórico ainda está na Riachuelo esquina com Bento Martins, atrás da igreja das Dores. Criada em 1930, teve participação no ataque ao então Quartel General do Exército, situado na Andradas, ao lado justamente da igreja Nossa Senhora das Dores. Era o início da chamada Revolução de 1930, que levou Getulio Vargas ao poder por 15 anos.
A Guarda Civil criou as populares rádio-patrulhas, camionetes com guarnição de três policiais fardados e comunicação direta com a estrutura de prevenção na época. A Guarda Civil também criou policiamento a cavalo e tinha grupamento dedicado a cuidar do trânsito na Capital.
Da mesma forma, mantinha aquartelado um Pelotão de Choque. Eram homens de forte complexão física, identificados pelo quepe vermelho, que atuavam para enfrentar grupos de desordeiros e locais de maior incidência de criminalidade.
Durante 37 anos, a Guarda Civil prestou bons serviços à população, incluindo a segurança nas partidas de futebol do campeonato citadino, com sete clubes então. Claro, outros tempos, outro contexto social, cultural, econômico-financeiro e, principalmente, uma sociedade bem mais organizada e quando a educação familiar e em colégios públicos e privados, pregava muita disciplina.
Em 1967, a Guarda Civil foi extinta pelo então governador Walter Peracchi Barcelos, coronel reformado da Brigada, e seu pessoal integrado à Polícia Militar. Pois, agora, os porto-alegrenses estão parando nas ruas e avenidas para cumprimentar os policiais que chegaram para auxiliar na segurança da nossa cidade. É a prova do sentimento de insegurança que pairava sobre a população. Duas atuações como blitze da Força Nacional de Segurança foram efetivadas ontem, com bons resultados.
Alguns, entretanto, já perguntam o que será de Porto Alegre após a saída do contingente de reforço. Segundo a BM, não há tempo pré-determinado. Espera-se apenas que, até a saída dos policiais da Força Nacional, o Estado tenha conseguido avançar em mais pessoal e material para a Brigada e a Polícia. É o que todos desejam.
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