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Opinião

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 15:27

A Expointer e os novos cenários

Estamos às vésperas de mais uma Expointer. Será mais uma ocasião para o debate de soluções para o cenário de crise vivido pela economia brasileira como um todo. A coincidência com o calendário eleitoral impulsiona a presença de autoridades políticas em um evento que, além de ser a maior feira agropecuária da América Latina, é também uma vitrine considerável para os empreendedores do agronegócio nacional. Entretanto, mais do que apenas ouvir, o agronegócio precisa sobretudo ser ouvido em um ambiente de mudanças, tanto políticas quanto econômicas.
Estamos às vésperas de mais uma Expointer. Será mais uma ocasião para o debate de soluções para o cenário de crise vivido pela economia brasileira como um todo. A coincidência com o calendário eleitoral impulsiona a presença de autoridades políticas em um evento que, além de ser a maior feira agropecuária da América Latina, é também uma vitrine considerável para os empreendedores do agronegócio nacional. Entretanto, mais do que apenas ouvir, o agronegócio precisa sobretudo ser ouvido em um ambiente de mudanças, tanto políticas quanto econômicas.
Ao longo da feira, tanto o público como as autoridades serão apresentados ao dinamismo do parque de máquinas e à excelência das raças de elite da chamada agricultura empresarial, bem como aos produtos da agricultura familiar. Tanto em um caso como em outro, toda esta excelência demanda investimentos, cuja continuidade, ao menos no mesmo ritmo de outrora, pode ficar severamente comprometida sem uma correção de rumos nas escolhas de contingenciamento de recursos por parte do governo federal.
Desde os estertores do primeiro governo Dilma Rousseff (PT), os rumos do ajuste fiscal têm ditado cortes em diversas áreas públicas. No que concerne à política agrícola, provavelmente uma das áreas mais afetadas tenha sido a da sanidade animal, importante para a conquista e manutenção de exigentes mercados estrangeiros. Cortar gastos nesta área se revela desinteligente, uma vez que inibe a competitividade e a capacidade de atração de capital externo.
É verdade que sinais positivos têm sido emitidos pelo novo (e ainda interino) timoneiro do Palácio, como o recente empenho em desafogar os processos para pactuar a exportação de carne brasileira in natura para os mercados da América do Norte e Japão.
Autoridades virão à Expointer. Como sempre, serão muito bem-vindas. Mas que, ao virem, ofereçam menos discursos afiados e mais ouvidos atentos, a fim de que os necessários cortes de despesas alcancem os locais certos, e não comprometam perspectivas de futuro.
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e vice-presidente da Farsul
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