Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 19 de Agosto de 2016 às 17:29

Como resolver isso?

Sei que é difícil falar de crise. Ninguém aguenta mais essa palavra. Mas como evitar se os resultados do primeiro semestre do ano, divulgados recentemente, apontam para a concretização de um dos piores momentos da história econômica do Brasil, do Rio Grande do Sul, da indústria gaúcha e, em especial, do segmento metalmecânico, o mais prejudicado com esse cenário?
Sei que é difícil falar de crise. Ninguém aguenta mais essa palavra. Mas como evitar se os resultados do primeiro semestre do ano, divulgados recentemente, apontam para a concretização de um dos piores momentos da história econômica do Brasil, do Rio Grande do Sul, da indústria gaúcha e, em especial, do segmento metalmecânico, o mais prejudicado com esse cenário?
Todos os números apontam para valores negativos recordes, na produção, no faturamento, exportações e dentre os que estão relacionados ao mercado de trabalho, onde de cada quatro demissões no Estado, uma ocorreu na indústria metalmecânica. Somente nesses primeiros seis meses do ano são quase 8 mil vagas fechadas no segmento.
Porém, está perto o momento em que a indústria terá que recompor estoques e, mesmo que se imagine uma produção em uma escala bem menor que antes, passaremos a ver números positivos. Também haverá necessidade de substituição dos bens de capital por parte das empresas, o que pode ajudar na atividade do segmento de máquinas e equipamentos. E, por fim, os consumidores devem voltar, lentamente, a comprarem bens duráveis.
É fato que ainda teremos um ano fraco, mas finalmente é o fim do ciclo recessivo que se aproxima. A comemoração para por aqui. Alguém aposta em um novo cenário de prosperidade? O que fizemos de reforma durante a crise que pudesse garantir essa percepção de um futuro diferente do que vimos no passado? Continuamos com os mesmos problemas do mercado de trabalho, com leis que apenas tornam o sistema rígido e pouco competitivo penalizando, ao final, os próprios trabalhadores.
O mesmo pode se dizer do sistema tributário, onde o que se ouve falar é apenas em aumento de impostos. Estamos parados com negociações para abertura de novos mercados no exterior, e ainda há muita insegurança jurídica no País para garantir investimentos de longo prazo. Há muito que fazer para o País se desvencilhar das garras do Estado e caminhar sozinho. Novas crises virão, e devemos estar prontos para enfrentá-las.
Economista e professor universitário/Unisinos
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO