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Opinião

- Publicada em 11 de Agosto de 2016 às 17:43

Orla do Guaíba merece uma grande revitalização

Os porto-alegrenses sempre admiraram o Guaíba, desde que puderam aproveitá-lo como meio de transporte e, muito mais, como área de lazer. Por isso, tudo aquilo que a prefeitura e a iniciativa privada realizarem em prol do embelezamento e do maior aproveitamento da orla será bem-vindo. A cidade não deve ficar de costas para o Guaíba.
Os porto-alegrenses sempre admiraram o Guaíba, desde que puderam aproveitá-lo como meio de transporte e, muito mais, como área de lazer. Por isso, tudo aquilo que a prefeitura e a iniciativa privada realizarem em prol do embelezamento e do maior aproveitamento da orla será bem-vindo. A cidade não deve ficar de costas para o Guaíba.
Assim, a obtenção de um empréstimo de US$ 92 milhões pela prefeitura junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), anunciada pelo prefeito José Fortunati (PDT), foi saudada como algo positivo à cidade, onde obras, por vários motivos, estão demorando além do previsto. Enfim, foi um grande passo para o reencontro da cidade com o Guaíba.
Houve promessa pública do prefeito, de que o Parque do Gasômetro, com 1.320 metros de extensão, trecho compreendido entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias, ficará pronto ainda neste ano. A revitalização do entorno do Gasômetro abrangerá uma região importante e histórica de Porto Alegre, no final da rua Duque de Caxias, onde está tradicional área da cidade que tem até música própria, justamente Alto da Bronze, autoria de Paulo Coelho, de 1938.
Além dos enormes cilindros para o armazenamento e distribuição de gás encanado para a parte central de Porto Alegre, no Gasômetro ficava o chamado Cadeião. Construído pelo Duque de Caxias, após o fim da Revolução Farroupilha e quando ele assumiu o governo da Província de São Pedro, ficava ao lado da Usina do Gasômetro, cujo prédio está lá até hoje, aproveitado como centro cultural.
Também próximo do campo amador de futebol do Humaitá e da então sede náutica e social do Grêmio Náutico Gaúcho. Era um prédio com estilo arquitetônico muito bonito, lembrando, aliás, o prédio da sede do Clube Gondoleiros - também em fase de revitalização, uma das iniciativas privadas no Quarto Distrito, conhecido, no seu tempo áureo, como "O Bairro Cidade", tal a sua pujança.
Hoje em dia, tantos viajam ao exterior e voltam encantados com o que constatam em termos de praças, parques e jardins. Também - talvez o principal - com o cuidado que as pessoas de grandes cidades europeias, dos Estados Unidos e do Oriente Médio têm com suas áreas públicas.
Então, não basta apenas um novo trabalho da prefeitura. Todos nós devemos ter um novo olhar mais cuidadoso com o que é de todos em uma cidade que tem a banhá-la um rio ou um lago, uma imensidão de água que faz a inveja de algumas capitais mundo afora.
Tendo lançado, antes da Copa do Mundo de 2014, projetos de 14 obras na cidade, o próprio prefeito reconhece que, hoje, não abriria tantas frentes de trabalho simultaneamente. Mas, como assim foi feito, é importante ver que a vontade de terminar as obras não desanimou, mesmo após dois anos do evento em Porto Alegre e outras capitais brasileiras.
A cidade sairá ganhando e muito com esse projeto de revitalização da orla do Guaíba. É claro que, ao longo dos anos, o ideal será que a população tenha acesso às dezenas de quilômetros de orla de Porto Alegre, seja com projetos públicos ou mesmo privados. Aliás, um tema importante a ser debatido neste momento de eleições municipais.
A revitalização da orla do Guaíba é um ponto de inflexão que poderá dar um novo aspecto à Capital. É o que a cidade quer e os porto-alegrenses merecem muito, sem dúvida.
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