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Opinião

- Publicada em 09 de Agosto de 2016 às 18:02

Insegurança nas ruas e presídios superlotados

Outra morte de policial militar em serviço. É uma lamentável rotina que amedronta o Rio Grande do Sul. Homenagens às famílias enlutadas e aos que morreram no cumprimento do dever são louváveis, mas, evidentemente, não resolvem nada.
Outra morte de policial militar em serviço. É uma lamentável rotina que amedronta o Rio Grande do Sul. Homenagens às famílias enlutadas e aos que morreram no cumprimento do dever são louváveis, mas, evidentemente, não resolvem nada.
Não como a população desejaria, com menos violência no Estado. O fato é que a insegurança continua, literalmente, apavorando os gaúchos. As mortes se sucedem, os índices de criminalidade pioram e o velho estereótipo de que bandidos são pessoas incultas, sem família e que roubam por uma quase vocação está superado.
E, segundo especialistas em segurança pública, estamos convivendo com uma geração criada com videogames violentos, filmes onde a morte é banalizada, estouros e assassinatos apresentados sistematicamente às crianças.
Em resposta à situação insustentável, muitos discursos, grupos de trabalho, frases de efeito, encontros para decisões coletivas e, no fim, muito pouco é realizado. Falta dinheiro, está certo. Por que, então, tudo é prometido de maneira demagógica?
Enquanto isso, as ruas estão inseguras para todos e os presídios no Brasil, superlotados. Houve até quem afirmasse que preferia morrer a ficar preso nas cadeias nacionais, da mesma forma que qualquer um de nós, em sã consciência. Ah, mas quando se abre uma escola, se fecha um presídio. Claro, pensando no longo prazo.
Pois no Brasil, há anos, abrem-se poucas escolas no Ensino Fundamental - os municípios estão quebrados - e não se constroem cadeias. A rigor, cada município deveria ter o seu presídio. Os condenados não seriam afastados demais das suas famílias, e as penas seriam cumpridas com mais rigor.
O que está acontecendo nesta onda de violência que afeta toda a sociedade não tem apenas uma causa, mas é consequência do somatório de erros que começam pela ausência de núcleo familiar bem constituído e chegam na falta de ocupação e nas drogas, um flagelo que só tem aumentado e está na raiz da maior parte dos homicídios.
E temos muita impunidade - no atual momento, esse talvez seja o maior problema do País relacionado à falta de segurança pública -, com uma legislação ultrapassada e não condizente com os tempos atuais. Em paralelo, ocorrem vigarices em certos altos escalões da República.
O problema é amplo e envolve desde a corrupção ativa e passiva a que os brasileiros - parece - se acostumaram como sendo uma nódoa nacional intratável até a indisciplina e a falta de planejamento nos serviços públicos.
Precisamos de ação, de atos, de obras, de mais policiamento, de decisões e que não se perpetuem reuniões, a epidemia do assembleísmo, que nada resolve e sempre posterga o que deve, precisa e nunca é realizado. Quando se fala na criação de um grupo de trabalho para solucionar determinado problema, é possível que depois de muitos encontros ainda não tenhamos um resultado concreto.
Enquanto isso, fazer Parcerias Público-Privadas (PPPs) se tornou um palavrão para muitos setores governamentais. Mas qual é a alternativa para prefeituras, estados e municípios sem dinheiro? É preciso construir novos presídios. Contudo, como foi dito, não há recursos, e os déficits fermentam nos tesouros em geral, ninguém dá solução.
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