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Opinião

- Publicada em 03 de Agosto de 2016 às 19:39

Paralisação piora sensação de insegurança no Estado

A paralisação dos servidores públicos estaduais prevista para hoje, em função de novo parcelamento nos salários do funcionalismo, cria uma série de transtornos para a população gaúcha. Crianças e adolescentes de escolas do Estado perdem aulas, o atendimento na saúde é prejudicado e, o mais preocupante, a sensação de insegurança fica pior ainda.
A paralisação dos servidores públicos estaduais prevista para hoje, em função de novo parcelamento nos salários do funcionalismo, cria uma série de transtornos para a população gaúcha. Crianças e adolescentes de escolas do Estado perdem aulas, o atendimento na saúde é prejudicado e, o mais preocupante, a sensação de insegurança fica pior ainda.
Se o policiamento já é insuficiente pela falta de efetivo, um cenário em que sindicatos do setor de segurança pública anunciam greve no Rio Grande do Sul, como nesta quinta-feira, altera a rotina de todos. A começar pelos bancos, que - de acordo com a liminar acolhida pela Justiça do Trabalho e que estava valendo ontem à noite - não deveriam abrir as portas hoje.
Com a incerteza de como estará a situação, muitas atividades foram canceladas para esta quinta-feira. Isso inclui desde reuniões profissionais até eventos culturais, caso de sessões de cinema, apresentações artísticas, exposições em museus e, inclusive, a função desta noite que estava prevista para a casa de espetáculos mais emblemática do Rio Grande do Sul, o Theatro São Pedro, que fica na Praça da Matriz, onde estão sediados os Três Poderes do Estado.
Evidentemente, isso causa um impacto psicológico negativo na população. O governador José Ivo Sartori (PMDB) conclamou a todos para realizarem suas atividades normalmente nesta quinta-feira. E, de fato, quem precisa trabalhar irá cumprir suas obrigações profissionais na empresa.
Mas é provável que, seja de automóvel, transporte público ou a pé, todos terão uma cautela ainda maior nos seus deslocamentos pela rua. Além de policiamento ostensivo - que tem faltado há tempos -, o que dá alguma segurança é o movimento de pessoas caminhando, lojas abertas e o fluxo de ônibus, lotações e carros pelas vias. Os serviços de transporte devem funcionar normalmente hoje, e o comércio vai abrir as portas, seguindo recomendação das entidades de lojistas.
Entretanto, a informação de que o efetivo poderá não estar todo na rua por um dia tem o efeito de ampliar a sensação de insegurança. E, sob o ponto de vista anímico da população, pode prejudicar um esforço de meses.
Não é segredo para ninguém que as finanças do Estado estão em situação de calamidade. Nem que os índices de criminalidade estão piorando. Nesse contexto, o que o governo conseguiu para a Brigada Militar, até o momento, foi chamar 1,4 mil aprovados em concurso até julho do ano que vem.
Entretanto, levantamento recente do Jornal do Comércio mostra que, apenas nos últimos 17 meses, o dobro desse número de brigadianos se aposentou - 2,8 mil deixaram a ativa. Desde 2005, foram mais de 12 mil PMs que se aposentaram no Estado.
A Associação dos Servidores de Nível Médio da Brigada estima que estão em ação 15 mil policiais dos 36 mil que seriam necessários para ter um efetivo completo, de acordo com as necessidades do Estado.
Enquanto não vem a solução, parte da população reage, organizando-se na sua vizinhança para evitar delitos, compartilhando informações e se ajudando.
Os municípios, apesar de também estarem em situação crítica, tentam ampliar sua atuação na segurança. Vários candidatos a prefeito, aliás, já se manifestaram para dizer que pretendem ampliar as atividades da Guarda Municipal.
Todas essas ajudas, seja da comunidade, seja das prefeituras, são bem-vindas para atenuar a situação. Mas o Estado precisa fazer mais na área de segurança.
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