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Internacional

- Publicada em 29 de Agosto de 2016 às 16:03

Com 'não' de socialistas, impasse político deve se prolongar

Mariano Rajoy (e) se reuniu ontem com o líder socialista Pedro Sánchez

Mariano Rajoy (e) se reuniu ontem com o líder socialista Pedro Sánchez


GERARD JULIEN/AFP/JC
Mariano Rajoy, premiê espanhol em exercício, reuniu-se ontem com o líder socialista Pedro Sánchez. O encontro tinha por objetivo convencê-lo a abster-se no Congresso, amanhã, e permitir a formação de um novo governo. Sánchez, do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), no entanto, mantém seu "não" ao projeto de Rajoy, do PP (Partido Popular, conservador). Assim, seus 85 deputados não devem aprovar o governo de Rajoy, prolongando o impasse em curso.
Mariano Rajoy, premiê espanhol em exercício, reuniu-se ontem com o líder socialista Pedro Sánchez. O encontro tinha por objetivo convencê-lo a abster-se no Congresso, amanhã, e permitir a formação de um novo governo. Sánchez, do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), no entanto, mantém seu "não" ao projeto de Rajoy, do PP (Partido Popular, conservador). Assim, seus 85 deputados não devem aprovar o governo de Rajoy, prolongando o impasse em curso.
A Espanha foi às urnas em dezembro e em junho, mas, em ambos os pleitos, nenhum partido conseguiu somar os 176 assentos necessários para governar. A situação é resultado de um novo panorama político na nação Antes polarizado entre PP e PSOE, o país presenciou o recente surgimento de forças como o esquerdista Podemos e o Cidadãos, de centro-direita. Com os votos distribuídos entre esses quatro partidos, e na ausência de acordos, tornou-se inviável formar um governo.
O PP e o Cidadãos formaram o pacto na semana passada, após Rajoy concordar com uma série de exigências feitas pelo partido aliado, incluindo medidas de combate à corrupção. No entanto, ambos não têm, somados, os 176 deputados necessários. O PP conquistou 137 assentos em junho, e o Cidadãos, 32. Seria necessário que o PSOE se abstivesse no Congresso, o que, a princípio, não deve acontecer. O PP, diz o líder socialista, está demasiado envolvido com escândalos de corrupção para liderar o processo de renovação política exigido pelos eleitores.
A partir do momento em que Rajoy apresentar sua proposta no Congresso, ainda que fracassada, começa a contar o prazo para que um governo seja formado. O rei espanhol Felipe pode incumbir essa tarefa a outros candidatos. O limite é 31 de outubro, e há previsão de que o país tenha que voltar às urnas no final de dezembro.
 
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