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Internacional

- Publicada em 29 de Agosto de 2016 às 15:41

ONU distribuiu recursos a pessoas próximas à ditadura síria, diz jornal

Uma investigação do jornal britânico The Guardian concluiu ontem que o programa de auxílio da Organização das Nações Unidas (ONU) resultou na distribuição de contratos e fundos para pessoas próximas ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Uma investigação do jornal britânico The Guardian concluiu ontem que o programa de auxílio da Organização das Nações Unidas (ONU) resultou na distribuição de contratos e fundos para pessoas próximas ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.
A ONU teria pago, por exemplo, mais de US$ 4 milhões (R$ 13 milhões) a um fornecedor estatal de combustível que está na lista de sanções da União Europeia (UE). Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) teria gasto mais de US$ 5 milhões (R$ 16 milhões) no banco de sangue sírio, controlado pelo departamento de defesa de Assad.
Outro beneficiado de agências da ONU seria uma organização de caridade criada e dirigida por Asma al-Assad, mulher do presidente, com US$ 8,5 milhões (R$ 27 milhões). Asma é alvo de sanções da UE e dos Estados Unidos. A ONU também destinou fundos para o empresário Rami Makhlouf, considerado o homem mais rico da Síria e um dos principais aliados de Assad. Makhlouf controla a empresa de celular Syriatel.
O relatório do diário britânico sugere que a ONU prioriza áreas controladas pelo regime sírio e, dessa maneira, ajuda a manter uma ditadura que é responsável pela morte de milhares de civis. Há divergências a respeito do número de mortos neste conflito, iniciado em 2011. A estimativa varia em torno de 400 mil ou 500 mil vítimas.
Em sua defesa, a ONU afirma fazer o possível para garantir que o dinheiro seja gasto de maneira adequada, dadas as dificuldades de suas operações na Síria - onde o regime de Assad precisa aprovar todas as parcerias. A organização afirma que precisa trabalhar com o regime para poder operar na Síria, e que o seu trabalho salvou milhões de vidas. "Para trabalhar na Síria, as forças humanitárias precisam tomar decisões difíceis", disse um porta-voz da organização.
Diante da decisão de aliar-se a empresários que possam ser afiliados ao regime ou deixar civis sem a assistência necessária, segundo o porta-voz da ONU, a escolha é evidente: os civis. Além disso, a organização trabalha a partir da sua própria lista de sanções, e não aquelas emitidas por EUA e UE.
 
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