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Internacional

- Publicada em 24 de Agosto de 2016 às 21:36

Governo da Colômbia e Farc chegam a texto final de acordo de paz

As equipes do governo colombiano e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram na noite de ontem, em Havana, a conclusão do texto do acordo de paz no qual vinham trabalhando há quatro anos.
As equipes do governo colombiano e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram na noite de ontem, em Havana, a conclusão do texto do acordo de paz no qual vinham trabalhando há quatro anos.
Após chegarem ao consenso em relação a todos os pontos do acordo - reparação às vítimas, justiça de transição, reforma agrária, fim do narcotráfico da guerrilha, participação política das Farc, fim do conflito e validação do acordo - faltava tornar público o acerto em relação a alguns itens polêmicos.
Entre os mais importantes, estavam a possibilidade de que a participação política se desse, além da via eleitoral, por meio da distribuição de algumas vagas no atual Congresso; se haveria anistia para guerrilheiros responsáveis por crimes menores e o cronograma geral do fim do conflito (entrega de armas e cessar-fogo bilateral).
Uma vez com o texto em mãos, o presidente Juan Manuel Santos o enviará ao Congresso e marcará a data do plebiscito em que os colombianos decidirão se aprovam ou não o documento.
A estimativa atual do governo é de promover a cerimônia de assinatura do acordo por volta de 23 de setembro, diante de convidados como o presidente norte-americano, Barack Obama, e líderes de países que acompanham a negociação e presidentes da América Latina.
O presidente Santos também espera que o plebiscito possa ocorrer nas primeiras semanas de outubro. Apenas após a assinatura oficial do tratado os guerrilheiros começariam a deixar as armas e a migrar para os acampamentos onde aguardarão julgamento.
O governo conseguiu que a Corte Constitucional do país aprovasse como o patamar mínimo de votos a favor para a validação do acordo seja de 13%, ou 4,5 milhões de votos. Se o número não for atingido, não há possibilidade de renegociar pontos do acerto. Tudo voltaria à estaca zero e o conflito continuaria.
Embora o voto pelo acordo tenha liderado as preferências nas pesquisas de opinião, a mais recente sondagem do instituto Ipsos mostra que alguns pontos são indigestos para os colombianos. Segundo o levantamento, 88% dos entrevistados querem que os ex-guerrilheiros cumpram pena de prisão, e 70% esperam que eles sejam banidos da política.
Enquanto têm início as campanhas pelo "sim" - com apoio de políticos da situação, empresários, ONGs, sindicatos e Igreja Católica - e pelo "não" - com opositores do governo e lideranças regionais de áreas de conflito -, as Farc também farão um trabalho de esclarecimento com seus quadros.
O conflito com as Farc teve início em 1964, e vários governos tentaram políticas diferentes para encerrá-lo. Hoje, a guerrilha tem cerca de 8 mil combatentes. Até hoje, estima-se que a guerra tenha deixado 250 mil mortos e 6,9 milhões de deslocados internos.
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