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Internacional

- Publicada em 03 de Agosto de 2016 às 16:27

Reunião discutirá crise no Mercosul

Representantes dos governos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai se reunirão amanhã, em Montevidéu, para discutir a crise desencadeada no Mercosul em torno da situação da Venezuela. A informação foi confirmada ontem pelo ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, em Assunção.
Representantes dos governos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai se reunirão amanhã, em Montevidéu, para discutir a crise desencadeada no Mercosul em torno da situação da Venezuela. A informação foi confirmada ontem pelo ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, em Assunção.
Segundo ele, o governo do presidente Nicolás Maduro disse que a reunião "não corresponde", já que não foi convocada pela Venezuela, que continua insistindo em autoproclamar-se presidente pro tempore do bloco, apesar da enfática oposição de três de seus sócios (o Uruguai é o único que não se opõe).
O encontro, disse Loizaga, será realizado na sede da Secretaria Administrativa do Mercosul. Paralelamente, os presidentes de Brasil (Michel Temer, interino), Argentina (Mauricio Macri) e Paraguai (Horácio Cartes) se encontrarão durante eventos paralelos às Olimpíadas do Rio de Janeiro e, segundo fontes brasileiras e argentinas, aproveitarão a oportunidade para conversar sobre a disputa com a Venezuela no Mercosul. "Brasil, Argentina e Paraguai concordam que a Venezuela está em dificuldades para ser membro pleno", declarou o chanceler paraguaio.
Evitando responder diretamente aos ataques do governo venezuelano - que chegou a acusar os três países de estarem armando uma nova Operação Condor, em referência ao plano de ação conjunta das ditaduras dos anos 1970 e 1980 -, Loizaga disse apenas que "nós vivemos num Estado de direito". "Não silenciamos os jornalistas, aqui existe liberdade de imprensa, liberdade de movimento e se respeitam as minorias. A democracia não é fácil", assegurou.
O chanceler paraguaio questionou a decisão do Uruguai de encerrar sua presidência na sexta-feira, sabendo que não seria possível transferir o posto para a Venezuela, país que, em teoria, deveria assumir o comando, de acordo com o calendário oficial do bloco. A presidência do Mercosul é rotativa e muda a cada seis meses, por ordem alfabética. "Poderíamos ter conversado um pouco mais e não deixar a bola quicando assim. Falamos com a Argentina e com o Brasil e temos de encontrar uma solução para esta acefalia", afirmou Loizaga.
Hoje, coordenadores e representantes das chancelarias dos quatro países tentarão discutir, disse o ministro paraguaio, "o que fazer nos próximos seis meses". Uma possibilidade é passar a presidência para a Argentina, que seria o país seguinte. "Se vamos falar da questão jurídica, a Venezuela ainda deve cumprir várias normas vitais para ser membro pleno do Mercosul", frisou o chanceler.
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