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Saúde

- Publicada em 10 de Agosto de 2016 às 23:38

Moinhos de Vento apresenta centro oncológico reformulado

Centro de Oncologia do Moinhos de Vento ganha novas áreas e equipamentos

Centro de Oncologia do Moinhos de Vento ganha novas áreas e equipamentos


Leonardo Lenskij/Divulgação/JC
Porto Alegre ganhou uma referência mundial no tratamento de câncer. Foi inaugurado ontem o Centro de Oncologia Lydia Wong Ling, do Hospital Moinhos de Vento. Com investimento de R$ 30 milhões, os três pavimentos onde se localiza o serviço de oncologia do hospital foram remodelados. A instituição estima que a capacidade de atendimento cresça até 30% na nova unidade, mas o foco da reformulação está no refino da qualidade no cuidado.
Porto Alegre ganhou uma referência mundial no tratamento de câncer. Foi inaugurado ontem o Centro de Oncologia Lydia Wong Ling, do Hospital Moinhos de Vento. Com investimento de R$ 30 milhões, os três pavimentos onde se localiza o serviço de oncologia do hospital foram remodelados. A instituição estima que a capacidade de atendimento cresça até 30% na nova unidade, mas o foco da reformulação está no refino da qualidade no cuidado.
Concentrado no tratamento e no diagnóstico dos cânceres de mama, próstata, colorretal e pulmão, responsáveis por 80% das enfermidades do tipo existentes, o centro também estará focado no atendimento das neoplasias hematológicas, como linfomas e leucemias, que se destacam entre os jovens.
O chefe do serviço de oncologia do hospital, Sergio Roithmann, exalta dois grandes investimentos feitos no centro. O Moinhos de Vento adquiriu três aceleradores lineares com tecnologia de ultraprecisão chamado TrueBeam, ainda não disponível no Brasil. O primeiro foi inaugurado ontem, e os outros dois chegarão em 2017 e 2018, respectivamente. O aparelho vem acompanhado do Calypso, um sistema de localização de tumores, como um GPS, que é introduzido dentro do tumor e que guia o aparelho para que a radiação seja conduzida de forma seletiva e precisa. "É isso que fará diferença para os pacientes. Teremos tratamentos mais eficazes e menos tóxicos porque protegem o tecido sadio", explica.
"Os pacientes têm medo da morte, é claro, mas também dos próprios tratamentos. Aos poucos, eles estão ficando menos assustadores", comemora o oncologista. Os tratamentos devem ser inclusos na saúde suplementar.
Além disso, foi criada uma unidade de oncologia pediátrica. "A criança com câncer merece uma atenção muito especial. Agora, há um espaço lúdico que oferece o melhor tratamento em condições voltadas aos jovens. Além de manter as enormes chances de cura, diminui o trauma das crianças em tratamento e dos familiares", avalia Roithmann. O serviço disponibiliza 14 suítes privadas - três delas são exclusivamente da pediatria. Diariamente, o Moinhos de Vento atende 100 pacientes na radioterapia e 50 na quimioterapia. No próximo ano, o atendimento deve aumentar 50%.
O projeto teve apoio da família Ling por meio do Instituto Ling. A elaboração do conceito de atendimento e de serviços do centro oncológico contou com expertise internacional. Afiliado à Johns Hopkins Medicine Internacional desde 2013, o Moinhos de Vento atuou em conjunto com a instituição norte-americana no desenvolvimento do projeto. O elemento central do atendimento é algo chamado de "tumor board".
"Juntam-se vários médicos - oncologista clínico, cirurgião, hematologista, patologista, radiologista - e todos debatem, em conjunto, os casos novos da semana, principalmente os mais complexos. É uma mudança de perspectiva em relação ao atendimento isolado, dentro do consultório médico. Quando alguém viaja para o exterior em busca de tratamento, é isso que está procurando, e queremos reproduzir esse modelo de assistência", esclarece Roithmann.

Audiência tenta resolver impasse em torno do HPA

O Ministério Público do Trabalho agendou, para amanhã, uma audiência de mediação para tentar solucionar o impasse envolvendo o Hospital Porto Alegre (HPA). Estarão presentes o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (SindiSaúde-RS), a Associação dos Funcionários Municipais de Porto Alegre (AFM), antiga mantenedora do HPA, e o Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), atual gestora do hospital.
O principal impasse envolve a demissão de 116 funcionários no último mês, que não teriam recebido as rescisões previstas em lei. A unidade, que atualmente conta com apenas 30 leitos em funcionamento, não paga salários em dia há mais de um ano. A situação acabou resultando na ocupação da ala administrativa do HPA por ex-funcionários, que permaneceram dentro do local durante a noite de terça-feira.