Bruna Oliveira

O Josephyna's é mais uma opção de estilo take away - e com copos 100% ecológicos

Novo espaço do bairro Bom Fim une café e drinks

Bruna Oliveira

O Josephyna's é mais uma opção de estilo take away - e com copos 100% ecológicos

Recém aberto, o café bar Josephyna’s chama atenção no bairro Bom Fim (rua General João Telles, 531), em Porto Alegre, por aliar café e drinks no mesmo ambiente. Além disso, o local serve os clientes no estilo take away em copos livres de plástico — eles são feitos de papel, e, se enterrados, viram adubo. 
Recém aberto, o café bar Josephyna’s chama atenção no bairro Bom Fim (rua General João Telles, 531), em Porto Alegre, por aliar café e drinks no mesmo ambiente. Além disso, o local serve os clientes no estilo take away em copos livres de plástico — eles são feitos de papel, e, se enterrados, viram adubo. 
O espaço é a realização de um sonho antigo. Depois de muito tempo morando fora, os proprietários do Josephyna’s, João Henrique Silva Martins, 30 anos, e Arthur dos Reis, 36, voltaram ao Brasil ainda mais certos do negócio que queriam montar. Juntaram as experiências que viveram lá fora - João na Austrália e Arthur nos Estados Unidos -, e adaptaram ao estilo daqui uma demanda que, para eles, também era antiga. ”A gente fez um espaço que era o que faltava pra nós. Pensamos em fazer uma coisa que a gente gostasse”, contam.
O pontapé foi dado durante uma visita de João ao bairro, quando parou para cortar o cabelo. Entre uma conversa e outra acabou sabendo da disponibilidade do endereço, que seria liberado no mês seguinte. Tendo o espaço e juntando as economias, só faltava começar. O nome seria escolhido em homenagem à cadela de estimação, Josephyna, da raça whippet.
 Entrevista com os proprietários do café Josephyna?s. Na foto: João Henrique Silva Martins e Arthur dos Reis
Com ajuda do amigo arquiteto, do irmão engenheiro e com o pai dando uma força na hidráulica, o empreendimento saiu do papel com mãos de várias pessoas conhecidas, o que barateou muito os custos e fez a dupla ter um carinho ainda mais especial pelo lugar. Ao todo, custou R$ 60 mil. “Nós fizemos um plano de negócio, mas tudo da nossa cabeça. Economizamos em alguns detalhes e pesquisamos bastante preço”, diz João.
A proposta de união entre café e bar ainda é novidade em Porto Alegre. Existem locais que oferecem, mas não as duas coisas em tempo integral, contam, após pesquisa de mercado. No Josephyna’s, as duas opções são servidas o dia todo, ao gosto do cliente. “Lançamos essa proposta para a pessoa não ter de se arrumar para sair. Fica uma coisa mais despojada, mas que a pessoa pode tomar um drink. São poucos os lugares que oferecem isso.”
Na Austrália, João trabalhou em cafés e festas, de onde tirou a inspiração e o aprendizado para fazer os drinks. O Espresso Martini foi um deles, um dos mais pedidos dentre as 12 variedades que estão no cardápio.
O modelo de café take away, também inspirado nas experiências do exterior, fez os proprietários se debruçarem um pouco mais no estudo da proposta dos copos. “Encontramos em Porto Alegre um fornecedor, mas ainda não era o que queríamos”, conta Arthur. A busca então se estendeu e surgiu um fornecedor de São Paulo, que fabrica os copos 100% ecológicos e com opção colorida. Em contato com a terra, os copos não geram lixo. Custou mais caro, mas serviu de investimento para divulgar a marca e reforçar a preocupação com o ambiente, uma questão importante para os parceiros. “Essa parte do investimento vai ser a nossa propaganda, porque as pessoas saem daqui tomando o café e levando o nosso nome.” 
Apesar de não ser um hábito tão comum do porto-alegrense, a proposta de comprar e levar combina com o fato de o Bom Fim ser um bairro onde as pessoas andam bastante a pé, dizem. Além disso, serve de apoio ao espaço físico pequeno. O modelo também gera rotatividade, que foi uma opção de João e Arthur ao empreender. “Com a rotatividade, nós ganhamos mais no volume do que no preço. Como sempre nos queixamos de lugares muito caros, queremos manter um preço acessível. É um dos nossos diferenciais”.
Os cafés são servidos em dois tamanhos e custam R$ 5,00 o pequeno e R$ 6,00 o grande. No cardápio também há chá, chope, vinho e martelinhos de bebida. Como não há espaço para cozinha, as comidas ficam por conta de parcerias fechadas entre o Josephyna’s e outros estabelecimentos, como o Pink Velvet Bakery, que fornece os cookies e os cupcakes. Em três semanas de funcionamento, dois itens já são os pedidos de maior sucesso: o brownie, de receita própria de João e uma amiga, e o sanduíche de cuca, uma combinação de sucesso feita por uma amiga dos sócios.
Com tantas coisas a oferecer, o negócio exige dedicação. Tanto João quanto Arthur largaram as suas profissões para darem atenção total ao Josephyna’s. Arthur, formado em Letras, largou as aulas de inglês, e João, formado em administração, deixou o emprego em uma fábrica de computadores. Com o negócio próprio, trabalham muito mais do que se estivessem em uma empresa. Mas garantem que vale a pena. “Nós sentamos e pensamos: olha, a gente não vai ter folga. Mesmo quando estamos em casa, estamos trabalhando. Mas por ser um negócio próprio, tem outro valor, a gratificação é bem maior”, dizem.
Conforme forem surgindo os resultados, a ideia é expandir o negócio, e, de repente, trabalhar com a ideia de franquia. “A prática vai mostrando e trazendo a experiência. Nossos planos são de levar o Josephyna’s a outros lugares, mantendo a característica de atendimento a bairros”.
 Entrevista com os proprietários do café Josephyna?s. Na foto: João Henrique Silva Martins e Arthur dos Reis
Bruna Oliveira

Bruna Oliveira

Bruna Oliveira

Bruna Oliveira

Leia também

Deixe um comentário