A Puffs de Alessa deu tão certo na internet que expandiu para o universo off-line

Site de pufes vira loja física em Porto Alegre


A Puffs de Alessa deu tão certo na internet que expandiu para o universo off-line

Claudete Tavares, 47 anos, e Iara Jaworoski, 42, abriram um e-commerce só para vender pufes personalizados e de alto padrão em 2014. Como os negócios registraram bons números no universo virtual, se expandiram também para o off-line, com a abertura de um espaço no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre.
Claudete Tavares, 47 anos, e Iara Jaworoski, 42, abriram um e-commerce só para vender pufes personalizados e de alto padrão em 2014. Como os negócios registraram bons números no universo virtual, se expandiram também para o off-line, com a abertura de um espaço no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre.
O início do projeto veio da junção de dois interesses: Iara procurava pufes pela internet e não encontrava, e Claudete queria abrir uma empresa. Junto a isso, ela se desfazia de uma sociedade em uma operação de e-commerce, e levou uma loja on-line como parte da negociação. Nascia, aí, a Puffs de Alessa, especializada em pufes e almofadas.
Os produtos têm também estampas próprias criadas por designers parceiros. "Decidimos atuar em um nicho específico no Brasil inteiro", afirma Claudete.
O segmento de casa e decoração é o segundo maior em atuação pela internet no Brasil, atrás apenas do de moda, segundo a 3ª Pesquisa Nacional do Varejo Online, realizada pelo Sebrae e pela E-commerce Brasil em 2016.
Os principais mercados da marca estão em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
No início, elas contavam muito com o potencial do Rio Grande do Sul e direcionavam a divulgação para cá. Mas a realidade estava apontando o contrário.
"O gaúcho não tem tanto costume de comprar por e-commerce, é mais tradicional", elucida. Como procuravam um espaço maior para depósito, decidiram abrir uma loja física para justamente ir ao encontro do cliente do Sul. Por isso, Claudete encontrou outra sócia, Karla Amaral, 47. Com quase 400m², a Casa de Alessa foi inaugurada em junho, na rua Silva Jardim, nº 120, com itens de decoração, móveis, têxteis e presentes alguns de marca própria.
"Alessa é um nome de origem italiana que tem o significado de apaixonada. E era bem isso, queríamos uma figura apaixonada pela casa", conta.
Todo o negócio foi pensado para ter produtos diferentes e trazer conveniência, seja no Wi-Fi, no café, nas tomadas espalhadas para carregar o celular, nas vagas para estacionamento. Além disso, o diferencial é que, exceto os materiais de uso do escritório, tudo está à venda dentro da loja.
A nova fase, agora, visa remodelar o e-commerce para que loja física e virtual virem uma só - e ofereçam o mesmo conforto.

Desmistificando o e-commerce

Claudete, dona da casa de Alessa, é também professora universitária com ênfase em Marketing Digital. Conhecendo na pele a experiência, ela dá algumas dicas para o mercado:
"Veja quais termos estão relacionados à busca pelo seu produto", diz. No caso dela, o uso de "puff" e a grafia correta "pufe" foram escolhidos estrategicamente.
Ela defende que é preciso desmistificar a ideia de que o e-commerce é um negócio simples. "O problema do e-commerce é traduzir crescimento em lucro", afirma.
Ainda que não tenha os mesmos custos da loja física, como água e luz, tem suas despesas fixas. "Não tem o aluguel da sala, mas tem o aluguel da plataforma, que tem de ser uma plataforma boa, que não venha a cair", diz. 
"O e-commerce exige uma gestão de custo mais complexa", afirma. Há a parte de integração financeira com os cartões de pagamento, os serviços contratados para cálculo de frete e o direito de arrependimento, previsto no Código de Defesa do Consumidor para transações virtuais, que dá sete dias para o cliente devolver o produto após o recebimento, sem custos. Quem arca com o recolhimento da mercadoria é a empresa.