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rio-2016

- Publicada em 22 de Agosto de 2016 às 18:05

COB festeja crescimento de 10% em medalhas

Atletas com apoio militar, como Robson Conceição, auxiliaram o desempenho do País nas Olimpíadas

Atletas com apoio militar, como Robson Conceição, auxiliaram o desempenho do País nas Olimpíadas


FERNANDO FRAZÃO/ABR/JC
Após receber investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos e ficar abaixo da meta de conquistar pelo menos o 10º lugar no quadro geral de medalhas, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) considerou "extraordinária" a participação do Time Brasil nos Jogos do Rio.
Após receber investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos e ficar abaixo da meta de conquistar pelo menos o 10º lugar no quadro geral de medalhas, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) considerou "extraordinária" a participação do Time Brasil nos Jogos do Rio.
O País encerrou a competição com 19 medalhas e o 12º lugar na soma total de pódios - empatado com a Holanda - e em 13º na classificação geral, que tem como critério de desempate o maior número de ouros. Em Londres 2012, o Brasil havia conquistado duas medalhas a menos.
O baixo crescimento - de cerca de 10% - não pode ser creditado à falta de investimentos nos últimos quatro anos. No total, o COB recebeu cerca de R$ 700 milhões em repasses através da Lei Agnelo-Piva, e o montante dobrou com a injeção de recursos de patrocinadores privados. No ciclo olímpico anterior, entre os Jogos de Pequim e Londres, o orçamento da entidade foi 50% inferior - o COB recebera R$ 390 milhões em leis de incentivo e praticamente o mesmo valor em patrocínios.
"A meta (de ser Top 10) foi difícil e ousada, mas era factível. Tanto mostrou que era factível que ficamos três medalhas abaixo do necessário. Os países que ficaram na frente estão há vários quadriênios com o investimento que tivemos agora", afirmou Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de Esportes do COB.
A delegação do Brasil neste ano foi a maior da história e chegou a 465 atletas. Contou muito para o número inchado o fato de a disputa ter sido no País e ter vagas garantidas. Na avaliação do COB, o Time Brasil poderia contar com até 90 atletas a menos se a competição tivesse acontecido em outro lugar.
 

'Sentimento é de dever cumprido', diz Nuzman

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, também comemorou a participação dos atletas brasileiros nos Jogos Rio 2016. Com 19 medalhas, sendo sete de ouro, número inédito, mais que o dobro da última edição, o País atinge o melhor resultado. Em 2012, em Londres, o Brasil conquistou 17 medalhas, sendo três de ouro. Quatro anos antes, em Pequim, foram 16 pódios e três medalhas douradas.
"Temos o dever cumprido em uma Olimpíada com características que a gente já vem sentindo e falando, que é a diversificação de resultados por continentes e países", afirmou, voltando a parabenizar atletas, como fez na cerimônia de encerramento, na noite de domingo.
O Brasil não atingiu a própria meta do COB, de ficar entre os 10 primeiros colocados, terminando na 12ª posição, Porém, conseguiu espalhar bons resultados entre as competições, segundo análise do gerente executivo do COB, Marcus Vinicius Freire. O País participou de 71 semifinais, chegando em 4º ou 5º lugar em 19 vezes e subindo ao pódio em 12 esportes.
"Nos últimos quatro anos, temos mirado o aumento da abrangência do esporte brasileiro. Ou seja, ganhar medalhas, (participar de) finais, ou fazer Top 10 em mais modalidades", disse. Em Pequim, foram oito modalidades, em Londres, nove, e agora, 12 modalidades, disse. "Ganhar medalhas é a melhor coisa do mundo, mas chegar perto mostra que o resultado foi bem feito", acrescentou, citando equipes que quase chegaram lá, como o futebol feminino.
Na soma de medalhas, o Brasil acabou empatado com Holanda, a frente da Espanha, na 16ª colocação. Os primeiros lugares, na soma de medalhas, ficaram com Estados Unidos (121), China (70), Reino Unido (67), Rússia (56), Alemanha e Japão com 42 medalhas.