Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 18:36

Silo Verde quer sanar déficit de armazenagem

Projeto é pioneiro no segmento no mundo a usar garrafas pets, diz Machado

Projeto é pioneiro no segmento no mundo a usar garrafas pets, diz Machado


LIVIA STUMPF/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Para ajudar a combater o déficit de armazenagem de grãos, um empreendedor gaúcho aposta no silo verde, cuja estrutura é montada com placas feitas a partir de garrafa pet. A Silo Verde conseguiu captar R$ 1 milhão de um investidor privado, já tem encomenda de 250 unidades e pretende enviar produtos ao Canadá. O foco é atender pequenos, médios e produtores familiares, com valores de venda de R$ 4 mil, para a versão até agora desenvolvida com capacidade para guardar 6 mil toneladas.
Para ajudar a combater o déficit de armazenagem de grãos, um empreendedor gaúcho aposta no silo verde, cuja estrutura é montada com placas feitas a partir de garrafa pet. A Silo Verde conseguiu captar R$ 1 milhão de um investidor privado, já tem encomenda de 250 unidades e pretende enviar produtos ao Canadá. O foco é atender pequenos, médios e produtores familiares, com valores de venda de R$ 4 mil, para a versão até agora desenvolvida com capacidade para guardar 6 mil toneladas.
O sócio-fundador da Silo Verde, Manolo Machado, diz que o projeto é o primeiro nesse segmento no mundo a usar garrafas pets. Presente na Expointer pelo segundo ano consecutivo, Machado aposta na crescente valorização da tecnologia no agronegócio e também mais espaço para novos desenvolvedores na feira. "Do ano passado para cá, surgem novas tecnologias. E até os grandes players do setor estão olhando as oportunidades", disse o sócio-fundador da startup.
A Silo Verde, com sede no Tecnosinos, em São Leopoldo, está no pavilhão do gado leiteiro, justamente de olho na clientela do setor. Convidado do painel Diálogos da Casa JC, que aborda este ano empreendedorismo e inovação no agronegócio, o empreendedor explicou ontem que o equipamento surgiu para resolver a carência de armazenagem de pequenas propriedades e o desperdício de alimentos devido ao déficit para guardar a produção. A formação de tecnólogo em inspeção de equipamentos petroquímicos de Machado ajudou a desenvolver os materiais usados. "Misturei as três coisas e acabou dando na Silo Verde."
O projeto surgiu há três anos. A repercussão do produto também ajudou a ter demanda e atraiu o interesse de investidores. Há quatro meses a empresa recebeu aporte de R$ 1 milhão de um jovem investidor. "Ele vem com conhecimento na área de plástico", explicou o empreendedor. Machado destaca que a empresa quer ser identificada com produto sustentável, tecnicamente melhor e, além disso, mais barato. "Não queremos ser o produto mais em conta, pois que tem a característica de ser sustentável e que atende a peculiaridades técnicas frente aos concorrentes."
A garrafa pet (polímero) é um isolante térmico, não aquece nem esfria tanto como um metal, explica. "Isso diminui muito a condensação de umidade do silo, que é um problema, tem efeito protetor." Para a aplicação na estrutura do silo, a empresa processa o pet, que vira novamente matéria-prima e depois faz as placas, que são montadas como se fossem um lego. Cada unidade de seis toneladas consome 6 mil garrafas pets. As paredes internas são 100% lisas, o que evita o acúmulo de materiais, pois não há ondulação, garante Machado.
Um dos trunfos é explorar a assepsia do material plástico e a durabilidade do plástico. O que é um problema de ciclo de vida útil ao virar resíduos, Machado cita que é uma virtude do silo. "A durabilidade é de 150 anos", cita. A meta é lançar em 2017 um novo modelo, para 10 toneladas. Um detalhe importante na cadeia do silo verde é a disponibilidade de garrafas. A empresa começou a disseminar pontos de coleta de garrafas descartadas.
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