Otimismo é a palavra do momento para quem aposta na ampliação dos empreendimentos, como a Rede Asun, que inaugura, no dia 31 de agosto, uma unidade na avenida Plínio Brasil Milano, em Porto Alegre, onde antes funcionava a bandeira do Nacional. A empresa gaúcha espera crescer 16% neste ano com o lançamento de sete novas lojas (Esteio, duas em Canoas, Gravataí, duas em Porto Alegre e Dois Irmãos). "Estamos em um momento muito bom, com colaboradores entusiasmados com essa fase de expansão", comemora o diretor-presidente do grupo e um dos diretores da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antonio Ortiz Romacho. O empresário acredita que o setor está na contramão da crise, porque o consumidor mudou os hábitos, mas não deixou de fazer suas compras nos supermercados. "Talvez, o segmento tenha se salvado, porque as pessoas optaram por gastar menos com roupas e bem mais duráveis, como eletrodomésticos e automóveis. Sinto o cliente mais fiel aos produtos e serviços que ele aprova", comenta.
Para a abertura das novas lojas, o grupo irá contratar quase 500 pessoas até o fim do ano. Os novos funcionários farão parte de uma equipe formada por mais de 2,2 mil trabalhadores em todo Estado. Segundo Romacho, a empresa busca incentivar os colaboradores por meio da pirâmide de crescimento para que tenham interesse em permanecer na empresa. Para manter uma presença forte no Interior, a rede aposta em funcionários que sejam da cidade onde atua para dar o tom local à loja. "A crise faz com que os profissionais trabalhem com mais vontade. Quem consegue se colocar no mercado entra com mais disposição", comenta o supermercadista.
Quem também não tem o que reclamar do atual momento são os sócios Gabriel Drumond de Moraes e Arthur Bolacell. Eles empreenderam no setor e não se arrependem. Após um intercâmbio na Europa, os dois voltaram a Porto Alegre com um modelo de minimercado diferenciado. O Brasco abriu as portas em 2012, com a proposta de um atendimento personalizado e focado na boa relação com a vizinhança. Com duas lojas - Moinhos de Vento e Jardim Europa -, os sócios pensam em expandir em 2017. "Estamos trabalhando na base, formatando nosso modelo de negócio para podermos pensar na terceira unidade no ano que vem", diz Moraes, que integra o Agas Jovem e está fazendo o curso de gestão promovido pela entidade.
Em um momento em que a palavra de ordem no varejo é a experimentação, os jovens supermercadistas estão no caminho certo. Quem entra em uma das lojas do Brasco não encontra somente o produto em si. "Tem sempre uma música alta rolando e uma galera jovem e disposta no atendimento. As pessoas vão fazer as compras e também bater um papo", conta o empresário.