Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 10 de Agosto de 2016 às 14:08

Grupo traça plano para reduzir agrotóxicos na comida

Estimativa da entidade é que a inflação encerre 2017 em 3%

Estimativa da entidade é que a inflação encerre 2017 em 3%

CLÁUDIO FACHEL/PALÁCIO PIRATINI/JC
Compartilhe:
JC
JC
Criado há dois anos, o Comitê de Sustentabilidade da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) trabalha para incentivar seus associados a se tornarem referência no assunto. A entidade estimula a reciclagem e o uso consciente de recursos naturais, que, consequentemente, colaboram para a redução de custos nas empresas e contribuem para uma melhor qualidade de vida de toda a sociedade. "Incentivamos os associados para que produzam ações, mesmo que individuais, para termos uma cadeia mais produtiva e consciente", afirma o diretor do comitê e gerente de relações institucionais do Walmart, Eduardo Cidade. Neste ano, em que se comemora os 35 anos da Expoagas, o grupo assumiu o desafio de qualificar os fornecedores de produtos hortifrutigranjeiros para os supermercados do Rio Grande do Sul. Está sendo elaborado um plano de ação conjunto, que visa construir estratégias de qualificação da produção e de fornecimento de alimentos seguros aos consumidores gaúchos.
Criado há dois anos, o Comitê de Sustentabilidade da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) trabalha para incentivar seus associados a se tornarem referência no assunto. A entidade estimula a reciclagem e o uso consciente de recursos naturais, que, consequentemente, colaboram para a redução de custos nas empresas e contribuem para uma melhor qualidade de vida de toda a sociedade. "Incentivamos os associados para que produzam ações, mesmo que individuais, para termos uma cadeia mais produtiva e consciente", afirma o diretor do comitê e gerente de relações institucionais do Walmart, Eduardo Cidade. Neste ano, em que se comemora os 35 anos da Expoagas, o grupo assumiu o desafio de qualificar os fornecedores de produtos hortifrutigranjeiros para os supermercados do Rio Grande do Sul. Está sendo elaborado um plano de ação conjunto, que visa construir estratégias de qualificação da produção e de fornecimento de alimentos seguros aos consumidores gaúchos.
O Comitê da Agas convidou representantes de entidades e órgãos públicos para, juntos, discutirem medidas que ajudem os agricultores a reduzir o uso de agrotóxicos nas frutas, verduras e legumes fornecidos ao mercado. "O produtor sabe produzir, mas é preciso ter um plano de ação para aprimorar a gestão da propriedade dele", diz Cidade. O trabalho do grupo está adiantado e, durante a Expoagas 2016, que está ocorrendo no Centro de Convenções da Fiergs, em Porto Alegre, deve ser realizada mais uma reunião técnica e assinado o Termo de Cooperação. "Se tudo der certo, nossa intenção é que o plano seja colocado em prática ainda neste ano", afirma o diretor.
Para integrar o grupo de trabalho técnico da Agas foram convidados representantes da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), da Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação, da Emater/RS-Ascar, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, da Ceasa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Sebrae-RS e varejistas. O diretor técnico da Fepagro, Carlos Oliveira, aprovou a iniciativa de reunir setor público e privado para debater um tema que atinge toda a sociedade. "Assim, cada instituição pode contribuir para melhorar ainda mais a qualidade dos alimentos produzidos e ofertados no Rio Grande do Sul", diz ele.
Segundo o gerente comercial da WQS Certificações - empresa de São Paulo que coordena o Projeto 3P do Grupo Walmart -, André Tanzi, o perfil dos produtores de hortifrutigranjeiros do Estado é formado por produtores da agricultura familiar, e 46% dos fornecedores têm rendimentos anuais de até R$ 100 mil. "Esse percentual é muito maior do que nos demais estados em que trabalhamos", avaliou.
Já a diretora da Food Design - empresa de consultoria especializada para a cadeia de alimentos -, Ellen Lopes, garante que a segurança dos alimentos não pode ser uma vantagem competitiva, mas uma responsabilidade compartilhada por todos os envolvidos da cadeia de produção e distribuição.

Agas incentiva uso consciente de lâmpadas e sacolas plásticas

Grupo de trabalho está construindo estratégias de qualificação da produção e fornecimento de alimentos mais seguros

Grupo de trabalho está construindo estratégias de qualificação da produção e fornecimento de alimentos mais seguros

CLÁUDIO FACHEL/PALÁCIO PIRATINI/JC
O uso consciente de energia e das sacolas plásticas é tema que está sempre em pauta dentro da entidade. Na edição do ano passado da Expoagas, foi lançado um plano para o correto descarte de lâmpadas fluorescentes por gerador domiciliar. Um Termo de Cooperação com o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica do Ministério Público do Rio Grande do Sul foi assinado para auxiliar na execução e divulgação do projeto. A Agas promoveu ações para orientar os consumidores a devolverem suas lâmpadas fluorescentes, após o uso, em pontos de coleta, e não descartem o produto como resíduo urbano comum. Além do consumidor, o Comitê de Sustentabilidade também investe em ações de conscientização com os empresários e fornecedores. "Durante um seminário, que começou em 2015 e se estendeu neste ano, abordamos com os varejistas como reduzir custos e aproveitar as energias renováveis que estão disponíveis no mercado", conta o diretor do Comitê de Sustentabilidade, Eduardo Cidade.
Outro tema importante, que envolve diretamente a relação supermercadista e consumidor é a redução do uso de sacolas plásticas. A Agas conta com a campanha "Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente", lançada em parceria com o Ministério Público Estadual e a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), para diminuir o uso de sacolinhas no Estado.
"Fizemos um trabalho intenso e permanente de conscientização com consumidores e varejistas. Algumas redes dão desconto para quem não usa a sacola plástica, enquanto outras apostam nas sacolas retornáveis", conta Cidade.
O diretor explica que a campanha das sacolas foi deflagrada a partir de uma pesquisa que a Agas encomendou em 2012 e que mostrou que 83% dos consumidores gaúchos eram contra o fim da distribuição de sacolas plásticas nos supermercados.
"Por ser uma questão cultural e que está intrínseca no cotidiano das pessoas, optamos por fazer um trabalho gradativo de educação e conscientização, reduzindo os impactos que as sacolas causam no meio ambiente e otimizando o seu ciclo de vida útil", completa.
Além da campanha institucional, outras iniciativas com este objetivo são reconhecidas pela entidade e premiadas no Ranking e no Carrinho Agas. Também são promovidos cursos para empacotadores, para que eles saibam aproveitar toda a capacidade das sacolas.

Notícias relacionadas