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Economia

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 18:30

Em dia de impeachment, Ibovespa segue cenário externo e cai 1,15%

Agência Estado
O cenário externo acabou por ser determinante para a queda da Bovespa nesta quarta-feira (31), mesmo com as atenções voltadas ao último capítulo do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um aumento inesperado de estoques fez os preços do petróleo derreterem nas bolsas de Nova iorque e Londres, gerando importante aversão a ativos de risco no mundo.
O cenário externo acabou por ser determinante para a queda da Bovespa nesta quarta-feira (31), mesmo com as atenções voltadas ao último capítulo do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um aumento inesperado de estoques fez os preços do petróleo derreterem nas bolsas de Nova iorque e Londres, gerando importante aversão a ativos de risco no mundo.
No Brasil, a surpresa foi a separação da votação do impeachment em duas etapas e a insuficiência de votos para garantir a inelegibilidade da presidente cassada. O fato gerou desconforto no mercado e reforçou a tendência de baixa do Índice Bovespa, que terminou o dia em baixa de 1,15%, aos 57.901,10 pontos, e com R$ 8,61 bilhões em negócios.
A Bolsa iniciou o dia em alta, tendo ações estratégicas no território positivo, como as estatais Petrobras e Banco do Brasil. Mas o mercado todo sucumbiu após o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) anunciar crescimento de estoques de 2,276 milhões de barris de petróleo bruto na semana passada, muito acima do previsto pelos analistas, que estimavam aumento de 1,2 milhão de barris.
A leitura é que a produção da commodity continua elevada, sem contrapartida na demanda, num sinal de desaceleração econômica dos EUA. Com isso, o mercado de commodities acompanhou o movimento, derrubando ações ligadas a matérias-primas. Internamente, Petrobras ON e PN caíram 2,90% e 1,83% no fechamento, enquanto Vale ON e PNA recuaram 4,02% e 4,30%, respectivamente.
A aprovação do impeachment de Dilma Rousseff foi confirmada às 13h35, por 61 votos a 20 no Senado. Nesse momento, o Ibovespa cuja queda rondava o 1,45%, reduziu o ritmo para o nível logo abaixo de 1%. A reação foi pontual, uma vez que, na segunda votação, a presidente cassada manteve os direitos de elegibilidade. Houve 42 votos pela cassação dos direitos eletivos, ante 36 pela manutenção e 3 abstenções. Para que Dilma fosse impedida de assumir cargo público, eram necessários os mesmos 54 votos que garantiriam o impeachment.
A decisão do Senado gerou forte ruído na base aliada do governo Michel Temer. Parlamentares do PSDB e DEM acusaram o PMDB de ter feito um acordo para amenizar a pena de Dilma por crime de responsabilidade.
O senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB na Casa, chegou a dizer que estava "fora do governo". O discurso, porém, foi suavizado pelo presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), que disse considerar que "a questão essencial foi resolvida". Mesmo assim, Aécio disse que a decisão de hoje causa "enormes preocupações".
Com a queda desta quarta, o Ibovespa encerrou o mês de agosto com alta de 1,03%, mas contabiliza ainda ganho de 33,57% em 2016. Na última segunda-feira (29), os investidores estrangeiros retiraram R$ 85,918 milhões da bolsa brasileira. Em agosto, até o dia 29, o saldo acumulado estava negativo em R$ 1,541 bilhão. No acumulado de 2016, a Bolsa tem superávit de R$ 15,714 bilhões em recursos externos.
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