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Economia

- Publicada em 29 de Agosto de 2016 às 17:13

CNC prevê corte de 230 mil vagas do varejo

Queda do emprego é maior nos ramos de móveis e eletrodomésticos

Queda do emprego é maior nos ramos de móveis e eletrodomésticos


FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR/JC
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o saldo entre trabalhadores admitidos e demitidos no varejo deve ficar negativo em 230 mil postos em 2016, o que representa uma retração de 3% na força de trabalho no setor em relação a 2015. Se a projeção se confirmar, será o pior resultado em mais de uma década.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o saldo entre trabalhadores admitidos e demitidos no varejo deve ficar negativo em 230 mil postos em 2016, o que representa uma retração de 3% na força de trabalho no setor em relação a 2015. Se a projeção se confirmar, será o pior resultado em mais de uma década.
Apesar da magnitude no corte de vagas, a projeção da entidade melhorou: em maio, a expectativa era de que fossem eliminados 279 mil vagas no varejo no ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), calculados pelo Ministério do Trabalho, mostram uma redução no saldo entre admitidos e demitidos no setor: foram 15,2 mil postos de trabalho perdidos em julho, ante 27,9 mil vagas fechadas em junho.
A demissão de 250,6 mil trabalhadores em julho foi a menor queda no volume de ocupados desde novembro de 2009, quando o total de desligamentos foi de 239,5 mil. No acumulado dos últimos 12 meses, 3,52 milhões de pessoas foram dispensadas no comércio, o menor montante desde dezembro de 2010, quando foi registrada uma redução de 3,50 milhões de empregos.
O dado sugere que boa parte do ajuste no quadro de funcionários das empresas pode já ter sido realizado, embora as quedas recordes no volume de vendas nos últimos anos venham impedindo a alta das contratações. Nos 12 meses encerrados em julho de 2016, houve a criação de 3,27 milhões de vagas contra os 4,28 milhões no mesmo período de 2015.
A confiança do comércio é o principal fator para que o setor volte a crescer. "A confiança do comércio tem aumentado nos últimos meses, mas ela ainda evidencia um pessimismo no setor. Essa confiança é o principal obstáculo à retomada das contratações e só vai se recuperar realmente quando os fatores que afetam o consumo, como o acesso ao crédito, se combinarem de forma mais favorável", afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota oficial.
A queda de emprego no varejo é mais alta nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-9,1%), livrarias e papelarias (-6%) e comércio automotivo (-5,9%). Esses segmentos também são os que mais se destacam negativamente em termos de volume de vendas: -15,7%, -15,5% e -17,1%, respectivamente.
Em números absolutos, vestuário e calçados teve maior redução, ao cortar 59,9 mil vagas. Responsável por 13% da força de trabalho no varejo, esse setor registrou, nos últimos 12 meses, queda de 11,3% nas vendas. Os segmentos de hiper e supermercados e de farmácias e perfumarias ainda têm gerado vagas nos últimos meses, com 7,5 mil e 13,6 mil postos criados, respectivamente.
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