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Consumo

- Publicada em 24 de Agosto de 2016 às 18:07

Inadimplentes sem ter como pagar dívidas atingem 46%

Diminuição da renda é outro motivo apontado para atrasar as contas

Diminuição da renda é outro motivo apontado para atrasar as contas


LUCIANA RADICIONE/ESPECIAL/JC
Quase metade (46%) dos inadimplentes não têm condições de pagar as dívidas em atraso nos próximos três meses, segundo pesquisa divulgada ontem pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A perda do emprego é a principal razão para deixar de pagar as contas atrasadas, apontada por 28,2% dos consumidores. Em seguida, vem a diminuição da renda, apontada como motivo do não pagamento por 14,8%, e a falta de controle financeiro, para 9,6%.
Quase metade (46%) dos inadimplentes não têm condições de pagar as dívidas em atraso nos próximos três meses, segundo pesquisa divulgada ontem pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A perda do emprego é a principal razão para deixar de pagar as contas atrasadas, apontada por 28,2% dos consumidores. Em seguida, vem a diminuição da renda, apontada como motivo do não pagamento por 14,8%, e a falta de controle financeiro, para 9,6%.
De acordo com a pesquisa, 61,2% dos entrevistados acreditam que a situação financeira pessoal piorou em comparação com o ano passado. Para 24,4%, as dívidas são o principal motivo desta piora, enquanto 16,4% atribuem o agravamento dos problemas financeiros ao desemprego e 20,4% à queda na renda. O valor médio das dívidas é de R$ 3,5 mil.
A maioria dos devedores deixou de pagar parcelas de empréstimos bancários ou com financeiras (89,6%), prestações de cartões de loja (83,6%), dívidas contraídas no cartão de crédito (74,9%) e contas no crediário (68,7%).
Os principais produtos e serviços que os consumidores compraram e que os levaram às dívidas são roupas (45%, subindo para 50,6% entre as mulheres e 57,7% entre os desempregados), calçados (25,8%) e eletrodomésticos (17,4%) - 11% nem ao menos se lembram dos produtos comprados.

Índice de cheques devolvidos tem menor percentual do ano

A inadimplência com cheques foi de 2,26% em julho no País, ante 2,36% em junho, e atingiu o menor percentual do ano, informou a Serasa Experian em seu indicador de cheques sem fundos. Segundo os economistas da instituição, apesar do resultado positivo na margem mensal dentro do ano, o índice representou o segundo pior mês de julho desde 1991.
No mês passado, foram 1.042.209 cheques devolvidos pela segunda vez por insuficiência de fundos e 46.134.886 cheques compensados. Um ano antes, em julho de 2015, o percentual de devoluções havia sido de 2,29%.
"Ou seja, ainda é cedo para podermos falar em estabilização da inadimplência com cheques, já que fatores que proporcionaram a tendência da elevação desta inadimplência (desemprego, recessão e inflação) ainda se encontram presentes no cenário econômico", diz nota encaminhada pela empresa.
Na análise por regiões do País no acumulado do ano até julho, a liderança de devoluções foi do Nordeste, com 4,64% de cheques devolvidos no período. O Sudeste foi a região que apresentou o menor percentual de devoluções no período, de 1,97%.
No estado de São Paulo, a devolução de cheques em julho foi de 1,72% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 1,79% registrada no mês anterior. Em julho do ano passado, o índice havia sido de 1,69%.
O Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos consiste no levantamento mensal sobre a quantidade de cheques devolvidos por insuficiência de fundos em relação ao total de cheques compensados. Para o levantamento do indicador, somente é considerada a segunda devolução por insuficiência de fundos.

Confiança do consumidor apresenta maior alta desde janeiro de 2015

A confiança do consumidor subiu 2,6 pontos em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 76,7 pontos em julho para 79,3 pontos em agosto, o maior patamar desde janeiro de 2015 (81,2 pontos).
"Aproximadamente 90% da alta da confiança dos consumidores nos últimos quatro meses anteriores foi determinada pela melhora das expectativas. Em agosto, no entanto, a maior contribuição veio do aumento da satisfação com a situação presente, um sinal favorável, considerando que houve uma melhora na percepção dos consumidores tanto em relação ao mercado de trabalho quanto à situação financeira das famílias. O resultado dá maior consistência à tendência de recuperação do ICC", diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da sondagem.
A percepção dos consumidores sobre a situação presente melhorou pelo segundo mês. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,8 pontos em agosto, para 69,5 pontos, o maior patamar desde setembro de 2015 (69,8 pontos). As expectativas avançaram pelo quarto mês. O Índice de Expectativas (IE) cresceu 1,6 ponto, para 86,9 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014 (87,2 pontos).