Petróleo fecha sem direção definida, mas anota terceiro ganho semanal seguido

Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção definida nesta sexta-feira, mas registraram o terceiro ganho semanal seguido, ao passo em que a possibilidade de um acordo de congelamento na produção entre grandes exportadores alivia as preocupações sobre os estoques da commodity.

O WTI para outubro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) avançou 0,45% e fechou a US$ 49,11 por barril. O contrato do WTI para setembro, que vence no dia 22, fechou a US$ 48,52, com ganho semanal de 9,1%. Já o Brent para outubro, negociado na ICE, em Londres, fechou praticamente estável, com queda de 0,01%, a US$ 50,88 por barril, mas teve ganho de 8,3% na semana.

O mercado foi impulsionado pelos declínios dos estoques americanos de petróleo e de gasolina, além de um dólar enfraquecido e as recentes indicações de que grandes produtores - membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) - podem tomar medidas para estabilizar os preços.

Alguns grandes produtores, incluindo a Arábia Saudita, disseram recentemente que estariam abertos a um acordo entre nações para congelar a produção, mesmo que uma tentativa similar tenha falhado em abril.

A possibilidade de um acordo de produção é a "obsessão número 1 no mercado do petróleo, no momento", e isso está fazendo os investidores pensarem duas vezes antes de apostas em preços em declínio, disse Walter Zimmermann, analista da United-ICAP.

Além disso, os contratos foram beneficiados pelo enfraquecimento do dólar durante a semana. Com a divisa mais fraca, o petróleo fica mais barato para investidores de outros países. Mas os investidores alertam que os grandes estoques globais de petróleo bruto e derivados continuam a pesar no mercado.

O atual rali dos preços pode manter os excedentes do mercado ao encorajar os produtores a extraírem mais, segundo alguns analistas. O número de plataformas de petróleo em funcionamento nos EUA subiu por oito semanas seguidas, para acima de 400, nesta semana, pela primeira vez desde fevereiro, de acordo com a Baker Hughes.

"Os estoques americanos de petróleo devem subir de novo de patamares já elevados", disse o Morgan Stanley, em nota.