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Conjuntura

- Publicada em 16 de Agosto de 2016 às 19:08

Intenção de consumo cresce após seis meses de recuo

 Encarecimento do crédito ainda fragiliza confiança do brasileiro

Encarecimento do crédito ainda fragiliza confiança do brasileiro


SANDY HUFFAKER/GETTY IMAGES/AFP/JC
A Intenção de Consumo das Famílias (IFC) registrou alta de 0,9% em agosto ante a julho, com 69,3 pontos em uma escala de 0 a 200, informou a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse foi o primeiro aumento mensal registrado pelo índice nos últimos seis meses. No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o IFC teve queda de 15,3%.
A Intenção de Consumo das Famílias (IFC) registrou alta de 0,9% em agosto ante a julho, com 69,3 pontos em uma escala de 0 a 200, informou a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse foi o primeiro aumento mensal registrado pelo índice nos últimos seis meses. No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o IFC teve queda de 15,3%.
Diferentemente dos meses anteriores, o índice teve aumento na comparação mensal nos sete indicadores que o compõem. Porém, o indicador ainda permanece em um nível menor que 100 pontos, abaixo da chamada zona de indiferença, que indica insatisfação com a situação atual.
Único quesito acima da zona de indiferença, a avaliação do emprego atual teve alta de 1,6% e chegou aos 102,3 pontos. Na comparação anual, o quesito teve recuo de 5,6%. Atualmente, o percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego é de 28,9%. O nível de consumo subiu 0,5% em relação ao mês anterior, mas teve queda de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a CNC, o elevado custo do crédito, o aumento do endividamento e do desemprego são alguns fatores que explicam as variações negativas em relação ao ano passado.
"Mesmo com a perda da força da inflação e seus impactos favoráveis nas vendas, a confiança do consumidor ainda segue fragilizada por causa do encarecimento do crédito e da instabilidade no mercado de trabalho", afirmou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC, em nota oficial.
As expectativas das famílias em relação ao futuro também melhoraram. A perspectiva em relação ao mercado de trabalho avançou 0,5% em relação ao mês passado, mas teve queda de 5,4% na comparação anual. A perspectiva de consumo teve aumento de 0,4% em agosto ante a julho. Na comparação anual, entretanto, o recuo foi de 20,4%.
Essas expectativas menos negativas para o segundo semestre levaram a CNC a revisar suas projeções para as vendas no varejo restrito de -5,6% para -5,4% ao final de 2016. Também houve revisão da projeção para o varejo ampliado (que engloba automóveis e materiais de construção) de -10,6% para -9,8%.

Fluxo de visitas aos shopping centers no Dia Dos Pais recua 2%

O fluxo de visitas aos shopping centers no Dia Dos Pais no Brasil recuou 2,07% em comparação com a mesma data do ano passado, de acordo com levantamento divulgado pela consultoria FX Retail Analytics. A pesquisa mostrou que o Sudeste teve o pior resultado, com retração de 2,65%, seguido pelo Sul, com um decréscimo de 1,52%; e Nordeste, com queda de 1,16%. Com o ambiente de crise econômica e redução do consumo, outras datas importantes para o comércio varejista também esfriaram neste ano. No Dia das Mães, o fluxo de visitantes baixou 6,78%, enquanto no Dia dos Namorados, foi registrada queda de 3,26%.
Para Marcelo Tavares, presidente da FX, o momento ainda é crítico, mas indica uma melhora, pois o Dia dos Pais teve um recuo mais brando do que as principais datas comemorativas. "Embora os lojistas estejam preocupados, é possível ver sinais e um esforço que indica a reversão deste quadro, tendendo a aumentar o fluxo de visitantes por meio de promoções, desconto no total da compra e facilidade no pagamento."