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Conjuntura

- Publicada em 15 de Agosto de 2016 às 23:26

Governo estuda se precisará elevar impostos

Meirelles disse que o governo decidirá se vai haver aumento de impostos ou não

Meirelles disse que o governo decidirá se vai haver aumento de impostos ou não


RENATO S. CERQUEIRA/FUTURAPRESS/FOLHAPRESS/JC
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou, ontem, que a equipe econômica está trabalhando nas projeções de arrecadação de tributos para 2017. O número será divulgado até o fim do mês, quando, então, o governo decidirá se haverá aumento de impostos à população.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou, ontem, que a equipe econômica está trabalhando nas projeções de arrecadação de tributos para 2017. O número será divulgado até o fim do mês, quando, então, o governo decidirá se haverá aumento de impostos à população.
A Receita Federal do Brasil já encaminhou ao Ministério da Fazenda os dados rodados no fim de semana com as estimativas de quanto a arrecadação deverá crescer no ano que vem. "Estamos trabalhando nisso. Vamos tomar uma decisão se vai haver aumento de impostos ou não", disse.
Meirelles participou, na manhã de ontem, de um encontro com investidores na sede da XP Investimentos, em São Paulo. A jornalistas, salientou a importância desse tipo de evento para esclarecer sobre o ajuste fiscal.
Posteriormente, em reunião de duas horas com o presidente interino Michel Temer e o núcleo econômico do governo, Meirelles admitiu, em uma análise preliminar das contas, que poderá não haver necessidade de elevar tributos. A aposta é na recuperação da economia e na consequente melhora da arrecadação.
Os ministros têm exatamente 15 dias para entregar ao Congresso o detalhamento da proposta de orçamento do próximo ano, e vão continuar rodando os modelos de projeções de receitas e despesas até a próxima semana, quando tentarão bater o martelo com Temer sobre os números da peça orçamentária.
Quando apresentou, no começo de julho, a proposta de meta fiscal com um déficit de R$ 139 bilhões no próximo ano, o governo revelou que a conta incluía um reforço de receitas de R$ 55,4 bilhões que viriam, principalmente, de concessões de serviços e da privatização de estatais.
Na quinta-feira passada, o secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Mansueto Almeida, havia antecipado que as novas estimativas seriam calculadas e divulgadas ainda nesta semana, mas o ministro marcou para até o final do mês a publicação dos dados.
Também será divulgado, até 31 de agosto, segundo Meirelles, a nova projeção do governo para o crescimento do PIB no ano que vem. Segundo técnicos da Fazenda, se a nova expectativa saltar da atual (1,1%) para 1,5%, automaticamente a arrecadação crescerá em 2017, não sendo necessário aumentar impostos. O ministro, no entanto, não descartou essa possibilidade, dizendo que, se necessário, haverá aumento de impostos.
Na sexta-feira, Meirelles defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos públicos, e disse que a previsão de aprovação na Câmara é para o final de outubro e deverá acalmar o mercado. Segundo Meirelles, está havendo um esforço para aprovação nos prazos adequados.

Bndes vai mudar carteira, afirma a presidente do banco

Meirelles disse que o governo decidirá se vai haver aumento de impostos ou não

Meirelles disse que o governo decidirá se vai haver aumento de impostos ou não


RENATO S. CERQUEIRA/FUTURAPRESS/FOLHAPRESS/JC
A presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Maria Silvia Bastos Marques, atribuiu ao passado o prejuízo de R$ 2,174 bilhões registrado no primeiro semestre, o primeiro em 13 anos. "Agora estamos fazendo planos para o futuro, inclusive em relação ao BndesPar", afirmou a executiva, referindo-se ao braço do banco, responsável por participações em empresas. O balanço do Bndes foi divulgado na sexta-feira passada.
"O que eu posso dizer é que, na nossa visão, a carteira do BndesPar precisa ser renovada, porque é uma fonte importante de investimentos, de financiamentos e, portanto, de aporte em novas empresas e em novos projetos", disse Maria Silvia, após participar de reunião com o governo do Rio de Janeiro para apresentar um modelo de concessão da área de saneamento do estado, hoje controlada pela Cedae.
A presidente do banco de fomento afirmou ainda que a diretoria da instituição vai analisar propostas de revisão da política de financiamento, em reunião nesta semana. "Já teve mudança para o leilão de transmissão. Em breve, anunciaremos as novas condições de financiamento do banco para todos os setores", disse.
O Bndes quer diminuir sua participação no financiamento de projetos via debêntures de infraestrutura - os títulos de dívida emitidos por empresas para financiar empreendimentos.
A nova política do banco para as debêntures está em fase de discussão, contou Eliane Lustosa, diretora de Administração e Mercado de Capitais do Bndes. "Tem uma discussão que está acontecendo no governo para definir regras mais claras daqui para frente, aos novos projetos relacionados à participação do banco", comentou Eliane.
O banco passará a indicar conselheiros profissionais e independentes como seus representantes nas empresas em que tiver participação acionária, informou Eliane. "A gente está atuando, dentro dos investimentos que a gente já tem, em uma postura mais ativa com os nossos conselheiros, que devem ser conselheiros independentes. Achamos que esse é um instrumento importante para melhorar o mercado de capitais como um todo. E isso já está acontecendo", defendeu Eliane.
O primeiro conselheiro independente indicado pelo banco foi Ricardo Reisen, que passa a integrar o conselho de administração da operadora de telefonia Oi, com mandato até 2018. A nomeação de Reisen foi aprovada na semana passada. "O que a gente sugeriu é que a Oi, como outras empresas, deveriam ter conselheiros independentes em geral."
 

Empresários de Caxias do Sul terão audiência com Temer em Brasília

Meirelles disse que o governo decidirá se vai haver aumento de impostos ou não

Meirelles disse que o governo decidirá se vai haver aumento de impostos ou não


RENATO S. CERQUEIRA/FUTURAPRESS/FOLHAPRESS/JC
Uma comitiva de empresários de Caxias do Sul, liderada pelo presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), Nelson Sbabo, será recebida em audiência pelo presidente interino Michel Temer, no dia 24 de agosto, às 9h30min, em Brasília. O encontro foi intermediado pelo deputado federal Mauro Pereira por solicitação da CIC. Na audiência, os empresários pretendem pedir agilidade nas etapas que darão encaminhamento ao projeto de construção do aeroporto em Vila Oliva, entre outros assuntos de relevância para a infraestrutura regional e de interesse da classe empresarial.
De acordo com José Antonio Fernandes Martins, diretor institucional da entidade e vice-presidente institucional da Marcopolo, os empresários também devem manifestar apoio ao ajuste fiscal que o governo pretende implantar, assim como para a reforma da Previdência, visando equilibrar as contas públicas. O empresário também citou que o governo deve assegurar condições de câmbio favorável para que o mercado externo se torne alavanca de recuperação da economia local. "O limite é
R$ 3,10. Abaixo deste valor, a indústria perde competitividade", afirmou. Ainda como forma de estimular as vendas externas, Martins quer o retorno do Reintegra, que garante o retorno de 3% do valor exportado. "Sem exportações, as empresas não sobreviverão", alertou.
Martins ainda defendeu a aceleração da redução da taxa Selic para a retomada da produção. Destacou ser inviável pagar de 15% a 17% de juros em financiamentos para a compra de bens de capital, como ônibus e implementos rodoviários, principais produtos da indústria caxiense.