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Economia

- Publicada em 16 de Agosto de 2016 às 02:08

Falta de profissionais atrasa a transformação digital

Patricia Knebel
A falta de profissionais qualificados em Tecnologia da Informação (TI) na América Latina deve chegar a 32% até 2019, com a demanda superando a oferta em 449 mil profissionais. Os dados fazem parte do estudo The Network Skills in Latin America, encomendado pela Cisco à IDC, e revelam que o Brasil tem a maior lacuna de habilidades em rede da região: somente em 2015, o País teve um déficit de 195 mil profissionais capacitados e empregados em tempo integral, um número que deve diminuir para 161 mil até 2019.
A falta de profissionais qualificados em Tecnologia da Informação (TI) na América Latina deve chegar a 32% até 2019, com a demanda superando a oferta em 449 mil profissionais. Os dados fazem parte do estudo The Network Skills in Latin America, encomendado pela Cisco à IDC, e revelam que o Brasil tem a maior lacuna de habilidades em rede da região: somente em 2015, o País teve um déficit de 195 mil profissionais capacitados e empregados em tempo integral, um número que deve diminuir para 161 mil até 2019.
Em plena era da transformação digital, a demanda por competências em tecnologias emergentes - nuvem, virtualização, mobilidade, Internet das Coisas (IoT), Big Data - cresce de forma acelerada. Segundo o levantamento, 38% das empresas no Brasil irá investir em projetos de IoT no curto prazo.
O que mais preocupa, entretanto, é que a formação dos profissionais nessas áreas ainda está aquém do necessário. "As empresas brasileiras estão muito atentas e ativas para fazer a transformação dos seus negócios, e isso acende um alarme para os nossos cursos de Engenharia e de formação técnica, que estão baseados em outra geração de tecnologia", relata o gerente de Desenvolvimento de Negócios da área de Educação da Cisco, Ricardo Santos.
Na prática, isso significa maiores dificuldades para as corporações brasileiras avançarem. A transformação digital nada mais é do que o uso de soluções que ajudem as corporações a serem mais eficientes, ágeis, melhorarem a qualidade do atendimento dado aos clientes e a oferta de produtos e serviços. A falta disso compromete a competitividade. "O gap de pessoas capacitadas para ajudar as corporações a evoluírem nesse processo é muito grave porque significa, a longo prazo, uma consolidação de um atraso para o próprio País", comenta.
O estudo The Network Skills in Latin America foi realizado em 10 países e analisou a disponibilidade de profissionais especializados em TIC na América Latina entre 2015 e 2019. Em 2015 houve uma defasagem de 474 mil profissionais de redes em toda a região e, embora exista um ligeiro decréscimo de 1,4% na demanda prevista em 2019, a evolução das redes e a digitalização tem representado novos desafios para profissionais capacitados no desenvolvimento e gerenciamento de infraestruturas de rede robustas e flexíveis.
O levantamento mostra uma compreensão mais madura da rede nas empresas no Brasil - 45% das corporações vê a rede como a plataforma que sustenta processos de negócios, um valor mais alto do que a média de 37% da América Latina. Outro dado evidenciado é que os profissionais de redes requisitado no mercado precisam combinar capacidades técnicas e não técnicas para suportar um ambiente de negócios cada vez mais complexo. Isso significa desenvolver outras habilidades não técnicas, como proficiência no idioma inglês, trabalho em equipe, resolução de problemas, gerenciamento de projetos, criatividade e inovação, capacidade de comunicação e uma atitude empreendedora.
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