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Balanços

- Publicada em 11 de Agosto de 2016 às 19:21

Lucro do Banco do Brasil recua 18% no 2º trimestre

Paulo Caffarelli acredita que a estabilidade reduzirá a inadimplência

Paulo Caffarelli acredita que a estabilidade reduzirá a inadimplência


PEDRO LADEIRA/FOLHA PRESS/JC
O aumento das provisões para devedores duvidosos e o crédito mais fraco afetaram os resultados do Banco do Brasil (BB). A instituição financeira, a maior do País, viu seu lucro cair 18% no segundo trimestre, para R$ 2,465 bilhões. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 4,824 bilhões, um tombo de 45%, também gerado pelos gastos necessários para lidar com possíveis calotes.
O aumento das provisões para devedores duvidosos e o crédito mais fraco afetaram os resultados do Banco do Brasil (BB). A instituição financeira, a maior do País, viu seu lucro cair 18% no segundo trimestre, para R$ 2,465 bilhões. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 4,824 bilhões, um tombo de 45%, também gerado pelos gastos necessários para lidar com possíveis calotes.
O BB considera essas provisões como um efeito extraordinário, ou seja, que não deve se repetir. Ao desconsiderar esse efeito, o lucro ajustado ficou, no segundo trimestre, em R$ 1,801 bilhão, uma queda de 40,8% na comparação com igual trimestre do ano passado e uma alta de 40% em relação aos três primeiros meses do ano. Já no acumulado do semestre, o lucro ajustado ficou em R$ 3,087 bilhões, recuo de 49,1%.
A expectativa do banco é que os gastos com provisões comecem a cair, à medida que a economia dê sinais de melhoria. Com a atividade econômica ainda fraca, o banco piorou as suas projeções para desempenho da carteira de crédito, o que deve ser compensado por maiores receitas com tarifas. Em relação às provisões, a expectativa é de uma normalização no segundo semestre.
"Com a estabilidade do cenário econômico, uma melhora da inadimplência vai ocorrer concomitantemente. Tivemos alguns acontecimentos extraordinários no trimestre", disse Paulo Rogério Caffarelli, presidente do BB.
O índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) chegou a 3,27%, ante 2,60% no trimestre anterior e 1,89% em junho de 2015. Essa elevação, segundo o banco, está relacionada a uma empresa de óleo e gás, cuja totalidade de crédito foi colocada em inadimplência. O nome não foi citado, mas todos os grandes bancos já fizeram provisões bilionárias para a Sete Brasil. Ainda sobre o aumento das provisões, a operadora Oi entrou em recuperação judicial em junho, o que contribuiu para o aumento das provisões - mesmo que o crédito ainda não esteja em atraso de mais de 90 dias.
O banco cortou a projeção para o crescimento de sua carteira de crédito ampliada neste ano para o intervalo de queda de 2% a alta de 1%. Além de crédito menor, o banco está gastando mais com provisões. No segundo trimestre, elas cresceram 59,5% sobre um ano antes, a R$ 8,277 bilhões.

Ganho de R$ 108 milhões do Banco Votorantim é 26% inferior ao de 2015

O Banco Votorantim reportou lucro líquido 26% inferior no segundo trimestre deste ano, de R$ 108 milhões, na comparação com idêntico intervalo de 2015, quando somou R$ 146 milhões, conforme dados publicados no balanço do Banco do Brasil. Em relação aos três meses anteriores, quando ficou em R$ 86 milhões, porém, foi identificada expansão de 25,5%.
No primeiro semestre, o lucro líquido do Votorantim totalizou R$ 194 milhões, retração de 27,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, de R$ 268 milhões. "Vimos, no primeiro semestre, pouca demanda por crédito, seja no varejo ou no atacado. Diante de um cenário mais desafiador, adotamos uma postura mais conservadora na concessão de crédito e, por isso, reduzimos nossa carteira, o que, a despeito do bom desempenho da inadimplência, impactou nosso lucro", explica o presidente do Votorantim, João Teixeira.
A carteira de crédito ampliada do Votorantim encerrou junho em R$ 59,4 bilhões, retração de 10,9% em um ano e de 4,0% ante os três meses anteriores. A queda no trimestre foi motivada, principalmente, pelo segmento de corporate e banco de investimento que também pesou no comparativo anual com queda de 7,5% e 16,8%, respectivamente. O segmento de veículos, principal área de atuação do Votorantim, teve queda de 0,7% no trimestre e 4,5% no ano.

Bndes deve anunciar seu primeiro prejuízo semestral desde 2003

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) deverá anunciar, provavelmente ainda nesta semana, um prejuízo em torno de R$ 2,5 bilhões no acumulado do primeiro semestre. Será o primeiro prejuízo desde o período de janeiro a junho de 2003, quando a perda foi de
R$ 2,4 bilhões.
As perdas da primeira metade foram concentradas no segundo trimestre, pois, nos três primeiros meses do ano, a instituição de fomento registrou lucro de R$ 1,598 bilhão. Baixas contábeis e provisões para perdas foram os principais vilões, segundo informou uma fonte, sob condição do anonimato.
O destaque, nesse caso, ficou com a operadora de telefonia Oi, que entrou em 20 de junho com o maior pedido de recuperação judicial da história, na tentativa de sanar uma dívida de R$ 65,4 bilhões. O Bndes tem exposição de R$ 3,3 bilhões à Oi e ainda tem uma participação acionária de 4,63% no capital total da empresa, fatia que encerrou o primeiro trimestre avaliada em R$ 40,932 milhões.

Oi acumula perdas de R$ 2,3 bilhões até o mês de junho

Em processo de recuperação judicial, a Oi registrou, no segundo trimestre deste ano, prejuízo de R$ 656 milhões. Nos três primeiros meses deste ano, a perda havia sido de R$ 1,6 bilhão. Com isso, a Oi acumula prejuízo de R$ 2,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. No mesmo período de 2015, o prejuízo foi de R$ 856 milhões.
A geração de caixa da companhia, medido pelo Ebitda, caiu 24,4% no segundo trimestre deste ano, somando R$ 1,435 bilhão. Assim, a receita da companhia caiu 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 6,25 bilhões.
Como entrou com pedido de recuperação judicial, algumas dívidas foram reclassificadas. Com isso, a dívida bruta ao fim de junho deste ano chegou a
R$ 46,4 bilhões, menor que os R$ 51,2 bilhões de junho do ano passado. Para a Oi, essa queda é atribuída "às amortizações de principal e juros da dívida realizadas no período, além do impacto positivo da valorização do real frente ao dólar (9,8%) e ao euro (12,6%) sobre a parcela da dívida denominada em moeda estrangeira".
Já a dívida líquida subiu de R$ 34,6 bilhões para
R$ 41,3 bilhões entre junho do ano passado e junho deste ano devido à menor geração de caixa da empresa.
O presidente da companhia, Marco Schroeder, deu início à teleconferência sobre os resultados falando sobre o processo de recuperação judicial. O executivo, que assumiu recentemente o cargo, afirmou que a operadora sairá fortalecida desse processo.
"A Oi é uma empresa muito importante. Faremos todos os esforços possíveis para reverter a situação", afirmou. A companhia entrou com o pedido de proteção contra credores no dia 20 de junho. Schroeder, que assumiu o posto no lugar de Bayard Gontijo, destacou ainda a sua experiência no mercado de telecomunicações.
Oi fechou o segundo trimestre de 2016 com uma base, medida pelo indicador Unidades Geradoras de Receitas (UGRs), de 69,198 milhões de clientes, queda de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2015 e retração de 0,4% ante os três primeiros meses do ano.

Resultado de R$ 6,8 mi da Randon sobe 25 vezes no segundo trimestre

A Randon registrou lucro líquido de R$ 6,867 milhões no segundo trimestre de 2016, uma alta de mais de 25 vezes (2.401,9%) ante o mesmo período de 2015, quando o lucro líquido reportado foi de R$ 274 mil. A companhia também informou que, no consolidado do primeiro semestre de 2016, teve um prejuízo de
R$ 2,689 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado atingiu R$ 75,3 milhões de abril a junho deste ano, um crescimento de 60,1% na comparação com igual intervalo de 2015. A margem Ebitda foi de 10,8%, ante 6,4% no mesmo período do ano anterior.
No acumulado do primeiro semestre, o Ebitda da Randon foi de R$ 121,781 milhões, o que representa uma alta de 24,3% na comparação com os seis primeiros meses de 2015.
Já a receita líquida consolidada da Randon teve queda de 5,2% no segundo trimestre de 2016 contra o mesmo trimestre do ano anterior, passando de R$ 734,727 milhões para
R$ 696,752 milhões. No primeiro semestre de 2016, a receita líquida ficou estável em R$ 1,431 bilhão quando comparada a igual período de 2015.
"A recuperação de mercado deverá ser lenta e gradual, mas a companhia está pronta para aproveitar o avanço da economia a fim de reestabelecer os resultados esperados por acionistas e mercado em geral", afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Geraldo Santa Catharina. O executivo reforça que 2016 já pode ser considerado o pior em 15 anos.