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Economia

- Publicada em 11 de Agosto de 2016 às 01:35

Lucro do Banrisul no primeiro semestre alcança R$ 389,6 milhões

Subsidiária de cartões respondeu por um quarto do resultado do banco

Subsidiária de cartões respondeu por um quarto do resultado do banco


BANRISUL/DIVULGAÇÃO/JC
Guilherme Daroit
O primeiro semestre do ano foi de ganhos para o Banrisul. Em balanço divulgado ontem, o banco comunicou lucro líquido de R$ 389,6 milhões no período, valor 14,6% maior do que na primeira metade do ano passado. O patrimônio líquido também cresceu, fechando junho em R$ 6,44 bilhões, alta de 10,2% sobre 2015. Grande parte do desempenho, segundo o banco, é resultado das receitas de serviços, com destaque para a Banrisul Cartões. "O balanço responde claramente à aposta do banco, que é focar no varejo", argumenta o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras Mota.
O primeiro semestre do ano foi de ganhos para o Banrisul. Em balanço divulgado ontem, o banco comunicou lucro líquido de R$ 389,6 milhões no período, valor 14,6% maior do que na primeira metade do ano passado. O patrimônio líquido também cresceu, fechando junho em R$ 6,44 bilhões, alta de 10,2% sobre 2015. Grande parte do desempenho, segundo o banco, é resultado das receitas de serviços, com destaque para a Banrisul Cartões. "O balanço responde claramente à aposta do banco, que é focar no varejo", argumenta o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras Mota.
Sozinha, a subsidiária que engloba os meios de pagamento e as máquinas de adquirência Vero respondeu por um quarto do lucro do grupo. A empresa teve lucro de R$ 95,5 milhões no semestre, alta de 29,9%. "Gostaria que essa fatia fosse menor, porque significaria que todo o banco teria crescido junto", brinca Gonzaga, que reafirmou a estratégia varejista do Banrisul no futuro breve. Além dos cartões, a expansão da base de clientes em produtos básicos, como a conta-corrente e empréstimos consignados, também está entre as prioridades. "Estamos preparados para crescer no varejo, que é a nossa vocação como banco regional", garantiu o executivo.
Outro ponto comemorado com o aumento de 22,5% nas receitas de serviços e tarifas, que chegaram a R$ 828 milhões no semestre, foi a melhoria do índice de cobertura de despesas de pessoal. O indicador, que calcula quanto da despesa com os funcionários é coberta pelo faturamento desse tipo de produto (quanto maior, melhor), chegou a 98,8%. "Vamos passar em breve da margem confortável, que é 100%, algo que outros bancos já possuem e perseguimos também", projetou Gonzaga. A relação acontece porque as despesas de pessoal cresceram menos, 8,3%, somando R$ 832,15 milhões no período, reflexo do programa de desligamento voluntário do banco.
Por outro lado, o Banrisul viu a sua carteira de crédito encolher na primeira metade deste ano em relação a 2015. O total emprestado pelo banco reduziu 4,2% na comparação com 2015, somando R$ 29,8 bilhões. Gonzaga vê a situação como conjuntural, acompanhando a redução do PIB nacional. Também são usados, como justificativas, fatores como o bom preço de alguns alimentos, que fizeram os agricultores realizarem cedo o seu lucro e quitarem as suas dívidas, e a estagnação no crédito imobiliário.
O presidente do Banrisul ainda vê impactos do adiamento dos investimentos das empresas por conta da situação econômica. O crescimento no número de recuperações judiciais, que vinha afetando o faturamento do banco, porém, não é mais ressaltado por Gonzaga. "Acreditamos que, o que tinha de aparecer, já apareceu", garantiu. Com isso, o Banrisul revisou também as suas projeções para o ano, que antes previa uma expansão na carteira de 0 a 4%, para -4% a 0.
A inadimplência fechou o semestre em 5,67% (60 dias) e 4,81% (90 dias), crescimentos de 1,44 p.p. e 1,07 p.p., respectivamente, em relação a 2015. O número não assusta o banco, já que o número sofre influência da diminuição da carteira de crédito. A compra da folha dos servidores estaduais, efetivada em junho por R$ 1,25 bilhão por período de 10 anos, não afetou negativamente o balanço, pois seu custo será amortizado durante os meses de vigência do acordo.
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