Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 09 de Agosto de 2016 às 19:14

Efeitos da queda do dólar só serão sentidos por exportadores em 2017, afirma AEB

Impactos nos embarques seriam marginais para segmentos que têm elevado as vendas

Impactos nos embarques seriam marginais para segmentos que têm elevado as vendas


MARCOPOLO/DIVULGAÇÃO/JC
O efeito da queda do dólar sobre as exportações brasileiras será sentido apenas em 2017, na avaliação de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Como os contratos dos exportadores são, em geral, fechados com pelo menos seis meses de antecedência, o impacto para este ano será marginal, diz.
O efeito da queda do dólar sobre as exportações brasileiras será sentido apenas em 2017, na avaliação de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Como os contratos dos exportadores são, em geral, fechados com pelo menos seis meses de antecedência, o impacto para este ano será marginal, diz.
"Quem já fechou contrato já fechou e vai ter prejuízo. Mas muitos que ainda estavam pensando em fechar não vão fechar. Havia uma expectativa de que o dólar caísse este ano, mas não que caísse tão rápido", afirma Castro, para quem o patamar ideal do dólar é R$ 3,70.
O maior impacto será sobre os manufaturados, segmento em que o Brasil é menos competitivo e, por isso, tem no dólar alto um forte aliado. Mantido o patamar da moeda norte-americana a R$ 3,00, a tendência é que as empresas do ramo voltem sua produção para o mercado interno. Já os exportadores de commodities devem manter as exportações. "Com o preço atual das commodities, as empresas que atuam nessa área (como minério de ferro e soja) continuam a ser competitivas. A variação cambial vai influenciar a rentabilidade das companhias. No caso dos manufaturados, o câmbio inibe a exportação", destaca o presidente da AEB.
A queda da moeda norte-americana já vem tirando o fôlego dos exportadores ou de quem desejava estrear nesse mercado. Segundo dados da AEB, em janeiro, quando o dólar estava a R$ 4,00, o número de empresas exportadoras superava em 507 o registrado em igual mês de 2015. No mês seguinte, foram 525 empresas a mais na lista de exportadores na comparação com fevereiro do ano passado.
A partir de março, o ritmo de crescimento desacelera, até chegar a 40 empresas em julho. Ainda assim, Castro avalia que 2016 será melhor que 2015. Nos primeiros sete meses deste ano, o número de exportadores soma 18.543, 11,5% a mais que em igual período de 2015.
O movimento das importadoras vai na contramão. Em janeiro, 3.508 empresas deixaram de importar, na comparação com janeiro de 2015. Em julho, com o dólar mais alto, havia 114 importadoras a menos do que o registrado em igual mês do ano passado.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO