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Economia

- Publicada em 04 de Agosto de 2016 às 18:38

Ibama nega licença para hidrelétrica no rio Tapajós

 eco Rio Tapajós crédito Sidney Oliveira Agência Pará   O Pará se destaca em meio a Amazônia por seus contrastes naturais e culturais, diferenças que unem e o faz singular entre os Estados brasileiros. Em uma mesma região você encontra municípios com atrativos que vão de lagos, igarapés, praias deslumbrantes a trilhas por entre serras e cachoeiras, onde exemplares da fauna e da flora se fazem presentes. E no Oeste paraense não é diferente. Um dos mais conhecidos destinos é Santarém. Na foto, o encontro das águas azul-esverdeada do rio Tapajós com a barrenta do rio Amazonas.    FOTO: SIDNEY OLIVEIRA / AG. PARÁ

eco Rio Tapajós crédito Sidney Oliveira Agência Pará O Pará se destaca em meio a Amazônia por seus contrastes naturais e culturais, diferenças que unem e o faz singular entre os Estados brasileiros. Em uma mesma região você encontra municípios com atrativos que vão de lagos, igarapés, praias deslumbrantes a trilhas por entre serras e cachoeiras, onde exemplares da fauna e da flora se fazem presentes. E no Oeste paraense não é diferente. Um dos mais conhecidos destinos é Santarém. Na foto, o encontro das águas azul-esverdeada do rio Tapajós com a barrenta do rio Amazonas. FOTO: SIDNEY OLIVEIRA / AG. PARÁ


SIDNEY OLIVEIRA/ AGÊNCIA PARÁ/DIVULGAÇÃO/JC
O Ibama negou, nesta quinta-feira, a concessão da licença ambiental para a construção da usina de São Luiz do Tapajós, no Pará, o maior projeto hidrelétrico previsto para ser executado no País nos próximos anos.
O Ibama negou, nesta quinta-feira, a concessão da licença ambiental para a construção da usina de São Luiz do Tapajós, no Pará, o maior projeto hidrelétrico previsto para ser executado no País nos próximos anos.
Sem a licença, que foi solicitada em 2009, é impossível começar o empreendimento e até mesmo fazer o leilão para a construção, no futuro, da hidrelétrica. A negativa foi assinada pela presidente do Ibama, Suely Araújo.
Baseada em pareceres da Advocacia-Geral da União, da Funai e do próprio Ibama, a comissão de licenciamento do órgão, que reúne todos os sete diretores, já havia decidido negar a licença por entender que, além de alagar terra indígena, o que é proibido, o projeto não trazia soluções para problemas ambientais que surgiram.
A Eletrobras, que é a responsável pelo projeto, pode dar início a um novo processo de licenciamento, mas os motivos que levaram o Ibama a negar a licença dificilmente seriam resolvidos numa nova tentativa. Pelos planos da Eletrobras, uma série de usinas seriam construídas no rio Tapajós. O governo federal chegou a anunciar várias vezes que faria o leilão desse primeiro empreendimento, que possui custo estimado em
R$ 18 bilhões.
A usina teria a capacidade para gerar 8.000 MW, o que equivale a cerca de dois terços de Belo Monte (PA), a maior hidrelétrica em construção no País.
A construção da usina no Pará alagaria a terra indígena Sawré Muybu, onde vivem os índios mundurucus. Esses índios estão desde o início do processo lutando contra o projeto e, nos últimos anos, ganharam apoio de ONGs para uma campanha internacional contra o empreendimento.
No início deste ano, a Funai já havia emitido parecer dizendo que licenciar a usina seria inconstitucional. O Ibama deu a oportunidade de a Eletrobras responder, e a estatal apresentou argumento de que a terra não está homologada e que, por isso, seria possível retirar os índios do local do alagamento.
Esse argumento não foi aceito. O parecer técnico que embasa o arquivamento aponta que, além dos problemas indígenas, os empreendedores não conseguiram apresentar argumentos para provar a viabilidade ambiental do empreendimento.
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