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Economia

- Publicada em 03 de Agosto de 2016 às 18:12

Exportações gaúchas crescem em volume, mas valor não acompanha a elevação

No balanço das vendas externas do agronegócio gaúcho, o segundo trimestre do ano apresentou uma relativa estabilidade. Ao todo, foram vendidos US$ 3,562 bilhões no período, valor que correspondeu a 72,8% do total exportado pelo Estado. O montante é apenas 0,2% maior do que o registrado no mesmo período de 2015, e sofre impacto do mesmo movimento que já é sentido há algum tempo: enquanto o volume embarcado segue crescendo ( 6%), os preços médios continuam caindo (-5,5%), neutralizando o resultado.
No balanço das vendas externas do agronegócio gaúcho, o segundo trimestre do ano apresentou uma relativa estabilidade. Ao todo, foram vendidos US$ 3,562 bilhões no período, valor que correspondeu a 72,8% do total exportado pelo Estado. O montante é apenas 0,2% maior do que o registrado no mesmo período de 2015, e sofre impacto do mesmo movimento que já é sentido há algum tempo: enquanto o volume embarcado segue crescendo ( 6%), os preços médios continuam caindo (-5,5%), neutralizando o resultado.
"Apesar disso, a queda nos preços é mais do que compensada pela desvalorização do câmbio, então os produtores em geral estão tendo uma remuneração maior", afirma o economista da FEE Sérgio Leusin Júnior. Nos últimos 12 meses, a desvalorização do real em relação ao dólar foi de cerca de 14%.
O principal produto exportado pelo Rio Grande do Sul foi, como já era de se esperar, a soja. As vendas do grão totalizaram US$ 2,1 bilhões entre abril e junho, 58,9% do total do agronegócio. Embora tenha crescido em volume ( 1,8%), a queda nos preços fez com que o valor da soja tenha sofrido uma redução de 2% em relação ao mesmo período de 2015. O maior crescimento foi visto novamente nos produtos florestais, puxados pela expansão da CMPC Celulose Riograndense, que atingiram
US$ 191 milhões no trimestre, alta de 308%. "É o último trimestre, porém, que essas grandes variações serão sentidas, já que a nova fábrica entrou na pauta em julho de 2015", projeta Leusin.
Entre os setores relevantes nas vendas externas, o pior resultado é o dos cereais e farinhas, que perderam 26,8% no volume e 33,7% no valor. O resultado é explicado principalmente por quedas no trigo e no milho. O primeiro, que não é tradicionalmente exportado, porque teve um ano atípico de baixa qualidade em 2015 e acabou desviado para o exterior; e o segundo, pela escassez do produto, que tornou o mercado interno atrativo em preços. O setor de máquinas e implementos, que sofre estruturalmente com a política de substituição das importações na Argentina, também registrou nova queda, de 18,8% no volume e 12,9% no valor. "Como as multinacionais abriram filiais na Argentina, esse é um movimento sem volta", atesta.
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