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Repórter Brasília

- Publicada em 21 de Agosto de 2016 às 22:07

Depende de milagre

A salvação do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) se torna cada vez mais dependente de milagres. A carta assinada por ela e lida no Senado, que faz um apelo para que os senadores não a condenem injustamente no processo de impeachment e volta a propor um plebiscito para que a população se manifeste sobre a realização de novas eleições no País, não convenceu. As articulações feitas pelos aliados só conseguiram manter, e mal, o número de votos. Apesar de o placar final estar quase empatado, os favoráveis ao impeachment têm vantagem. A última cartada de Dilma será ir ao Senado fazer a própria defesa.
A salvação do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) se torna cada vez mais dependente de milagres. A carta assinada por ela e lida no Senado, que faz um apelo para que os senadores não a condenem injustamente no processo de impeachment e volta a propor um plebiscito para que a população se manifeste sobre a realização de novas eleições no País, não convenceu. As articulações feitas pelos aliados só conseguiram manter, e mal, o número de votos. Apesar de o placar final estar quase empatado, os favoráveis ao impeachment têm vantagem. A última cartada de Dilma será ir ao Senado fazer a própria defesa.
Vida difícil
Em compensação, o interino Michel Temer (PMDB) não terá uma vida tão fácil após o impeachment. Se não acontecer nenhum milagre, Temer irá passar a ocupar o Palácio da Alvorada. Mas ele herdará um País quebrado e profundamente dividido. O processo de impeachment de Dilma foi diferente do de Fernando Collor (PTC-AL, à época no PRN). Enquanto a queda de Collor foi quase um consenso e muito poucos se levantaram para defendê-lo, Dilma tem apoio de uma parcela considerável e os protestos contra o impeachment não podem ser desconsiderados. Temer ainda tem que lidar com a baixa popularidade que pode puxar o PMDB para o mesmo poço. A impopularidade dele pode até ameaçar o amplo apoio que goza no Congresso. Quem sai ganhando com tudo isso é o PT. Com Dilma completando o mandato, lançar um sucessor seria difícil. Com o impeachment e a narrativa de golpe parlamentar, o partido passa de algoz a vítima. O alvo da raiva dos brasileiros com a recessão deixa de ser Dilma e passa a ser Temer.
Necessidade de reforma
O deputado federal gaúcho Jones Martins (PMDB) fez um apelo pelas reformas trabalhista e previdenciária. "O País precisa discutir uma reforma trabalhista, sem preconceito, com transparência, com objetividade, com diálogo. Mas nós precisamos discutir um novo modelo de relação. Não é possível admitir que a Consolidação das Leis Trabalhistas vigore nos dias de hoje. Nós precisamos também, com a mesma importância, discutir a Previdência, o seu déficit, de onde sairão os recursos para financiar esta e as próximas gerações", disse. Ao mesmo tempo, admitiu que a campanha eleitoral irá atrapalhar o andamento de questões importantes. "Os 5,5 mil municípios brasileiros estão mobilizados por força das eleições. E, naturalmente, os 513 deputados, uns mais, outros menos, e os 81 senadores estarão envolvidos."
Estímulo à renovação
A saída do ex-deputado Cândido Vaccarezza do PT foi acompanhada de críticas à presidente afastada Dilma Rousseff. A reação dos petistas, por sua vez, mostrou um partido dividido. "Que a saída de Vaccarezza sirva de estímulo para que outros deixem o PT. Precisamos de um partido renovado, coerente, ousado, alegre e combativo", disse o deputado federal gaúcho Paulo Pimenta (PT).
Curta
Foi lançada na Câmara a Frente Parlamentar Mista pela Auditoria da Dívida Pública com Participação Popular. O objetivo é cobrar a auditoria da dívida pública do Brasil e combater projetos contrários ao direito dos trabalhadores em nome da amortização dessa dívida.
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