Aos poucos, o terreno desprotegido em pleno Centro Histórico de Porto Alegre, reservado para abrigar a Sala Sinfônica da Ospa, ganha novos moradores. Completamente aberto, o local, no Parque da Harmonia, já exibe três casebres de madeira, dois nos fundos da área e outro na frente, à direita.
No centro do terreno, parte do que já foi feito para a construção, as fundações, servem de varal para dezenas de peças de roupa que secavam na tarde de sábado, aproveitando o ligeiro calor. Em tempos de penúria financeira do Estado, não é de se estranhar o abandono em que se encontra a área, cujas
obras pararam há mais de ano devido a desentendimentos com a empresa vencedora da terceira etapa da licitação.
O que não deixa de ser triste é que um antigo sonho da comunidade cultural gaúcha parece cada vez mais distante. Procurado, o diretor artístico da Secretaria Estadual de Cultura, Paulo Amaral, informou que o terreno encontra-se aberto porque um vendaval levou os tapumes no ano passado. A ocupação com casas, conforme Amaral, ocorre entre a área destinada à Ospa e a Câmara de Vereadores.
O diretor garante que, ainda em agosto, deve ser assinado o contrato com a empresa Porto Novo para retomada das obras. A partir disto, Amaral acredita que a sala estará pronta em um prazo de dois anos - já estão garantidos R$ 20 milhões para a construção via convênio com o Ministério da Cultura.