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JC Logística

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 22:04

Volks faz acordo nos EUA em fraude de emissões

Ativistas do Greenpeace promoveram manifestações contra a emissão de gases poluidores na frente das instalações industrias da Volkswagen

Ativistas do Greenpeace promoveram manifestações contra a emissão de gases poluidores na frente das instalações industrias da Volkswagen


PETER STEFFEN/AFP/JC
A Volkswagen chegou a um acordo com cerca de 650 empresas franqueadoras nos Estados Unidos afetadas pelo escândalo de emissão de gases em veículos diesel. A montadora alemã afirmou estar com dificuldades em entrar em acordo com órgãos reguladores norte-americanos em relação a uma proposta para consertar cerca de meio milhão de veículos afetados pelo escândalo, que ainda estão rodando e que não conseguirão se adequar às normas.
A Volkswagen chegou a um acordo com cerca de 650 empresas franqueadoras nos Estados Unidos afetadas pelo escândalo de emissão de gases em veículos diesel. A montadora alemã afirmou estar com dificuldades em entrar em acordo com órgãos reguladores norte-americanos em relação a uma proposta para consertar cerca de meio milhão de veículos afetados pelo escândalo, que ainda estão rodando e que não conseguirão se adequar às normas.
O acordo com as franqueadoras inclui uma recompensa financeira e outras concessões, e deve ajudar a "sarar as dúvidas entre as empresas e a Volkswagen", disse Steve Berman, um advogado das companhias norte-americanas. A Justiça norte-americana deu prazo até 30 de setembro para fechar os últimos detalhes do acordo.
Hinrich Woebcken, executivo-chefe da montadora para a América do Norte, afirmou que a conclusão do acordo "é um passo muito importante em nosso compromisso em consertar as coisas" nos Estados Unidos. Desde a descoberta de que a Volkswagen havia instalado dispositivos que maquiavam as emissões de gases poluentes em mais de 11 milhões de veículos a diesel em todo mundo, a Volkswagen tem enfrentado uma série de confrontamentos legais em diversos países. Em junho, a companhia chegou a um acordo no valor de US$ 15 bilhões com o governo norte-americano e consumidores para reparar danos pela venda de veículos afetados. Entre esses veículos estão modelos de Jettas, Passats, Beetles, Golfs e Audis A3 que foram fabricados a partir de 2009.
Da Austrália à Coreia do Sul, até a Irlanda, os governos e consumidores têm aumentado as demandas legais e regulatórias em parte como consequência dos processos ocorridos nos EUA. Em muitos dos casos onde a Volkswagen enfrenta processos, a empresa argumenta que o dispositivo que fraudava testes de emissão de poluentes nos motores a diesel não era ilegal e que as emissões dos carros não violavam as leis locais, segundo documentos revelados pelo Wall Street Journal.
Caso a empresa alemã perca as muitas ações, os custos para resolver o escândalo podem superar em muito a cifra dos 18,4 bilhões (US$ 20,5 bilhões) que a Volkswagen está destinando para esse fim. Dos cerca de 11 milhões de veículos que foram afetados, 10,4 milhões foram vendidos para outros países, e não para os EUA.
Não está claro o resultado possível das disputas judiciais. Na Alemanha, o custo pode subir a até 4 bilhões, após um tribunal tratar do assunto neste mês e dizer que lidará com mais de 170 casos apresentados por centenas de investidores da empresa que alegam que não receberam informações corretas sobre os fatos, o que a companhia alemã rejeita.
A Coreia do Sul proibiu, neste mês, a venda de 80 modelos da Volkswagen, o que representa mais de 80 mil veículos. Cerca de 4.400 consumidores sul-coreanos processam a empresa e sua unidade de luxo, a Audi. Autoridades sul-coreanas multaram a Volkswagen e indiciaram um executivo local por fraude ligada ao escândalo de emissões de gases poluentes. A montadora enfrenta processos e investigações em Austrália, Brasil, Canadá, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda e Espanha.
Nos EUA, a Volkswagen chegou a um acordo em julho para pagar até US$ 10 bilhões para recomprar carros de consumidores lesados. Também destinou outros US$ 4,7 bilhões para lidar com o problema ambiental causado e para investimentos na promoção de veículos que não emitem poluentes, como os carros elétricos. Na Europa, a empresa alemã nega que os consumidores tenham sofrido qualquer perda e ignorou ou negou os pedidos de indenização.
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