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JC Logística

- Publicada em 04 de Agosto de 2016 às 21:37

Sem Parar recorre a ambulantes para venda de chips nas ruas de São Paulo

Tags fixadas nos para-brisas dos veículos dispensam a parada nas cabines para o pagamento do pedágio

Tags fixadas nos para-brisas dos veículos dispensam a parada nas cabines para o pagamento do pedágio


LUIZ CARLOS MURAUSKAS/FOLHAPRESS/JC
Maior empresa de pagamento automático de pedágios e estacionamentos do País, o Sem Parar tem usado vendedores ambulantes em ruas e avenidas de São Paulo para expandir sua base de clientes. A venda irregular dos chips instalados nos veículos ocorre principalmente na Marginal do Tietê, via que dá acesso às principais rodovias paulistas, como Anhanguera, Ayrton Senna, Bandeirantes, Castelo Branco e Dutra, todas com pedágio.
Maior empresa de pagamento automático de pedágios e estacionamentos do País, o Sem Parar tem usado vendedores ambulantes em ruas e avenidas de São Paulo para expandir sua base de clientes. A venda irregular dos chips instalados nos veículos ocorre principalmente na Marginal do Tietê, via que dá acesso às principais rodovias paulistas, como Anhanguera, Ayrton Senna, Bandeirantes, Castelo Branco e Dutra, todas com pedágio.
Os ambulantes ficam em carros ou guarda-sóis com banners do Sem Parar estacionados nas chamadas baias de emergência da via, em acessos a estabelecimentos comerciais, como supermercados, ou até mesmo no acostamento, aguardando os motoristas encostarem seus veículos para instalar o aparelho no para-brisa. O procedimento, que inclui ainda o preenchimento de formulário com dados pessoais e bancários e a assinatura de um termo de adesão, pode demorar até 10 minutos.
Segundo a Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, responsável pela fiscalização de comércio irregular, o Sem Parar não tem autorização para vender as chamadas tags para veículos em vias públicas da cidade. De acordo com a administração municipal, como as marginais são vias arteriais com grande fluxo de veículos, "esse tipo de comercialização torna-se potencial gerador de acidentes".
Há cerca de um mês, o taxista Paulo Bienes, de 61 anos, adquiriu um chip do Sem Parar com um vendedor ambulante da empresa que estava em um carro estacionado na esquina de uma rua com a Marginal do Tietê, próximo à ponte da Casa Verde, na zona Norte. "Costumo passar muito por ali e sempre vejo eles vendendo o aparelho. Não sabia que eles não tinham autorização", disse.
Nos últimos meses, a venda tem sido verificada em diferentes pontos da Marginal do Tietê, em ambos os sentidos. Os locais mais frequentes são nas proximidades das pontes do Limão, da Casa Verde (zona Norte) e Domingos Franciulli Netto (zona Leste). Um vendedor do Sem Parar admitiu que a venda é irregular, mas sugeriu que a fiscalização não costuma ser feita entre quinta-feira e domingo, nem nos feriados, quando há um número maior de veículos acessando as rodovias.
"Só pode ficar na Marginal nas quintas, sextas, sábados, domingos e feriados. Segunda, terça ou quarta-feira, a prefeitura não deixa, e a multa é muito pesada", disse Emerson Getner, que vende o aparelho na avenida sem cobrar taxa de adesão e com mensalidade de R$ 14,70.
Segundo a Coordenação das Subprefeituras, a multa para quem é flagrado vendendo produtos em via pública sem licença varia entre R$ 143,44 e R$ 717,20 e dobra em casos de reincidência. Só durante este ano, segundo a Coordenação das Subprefeituras, já aconteceram 33.524 apreensões de produtos e mercadorias vendidos irregularmente nas ruas, ante 50.954 durante o ano passado.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que também fiscaliza rotineiramente veículos estacionados sobre calçada e nas baias de emergências nas marginais, mas que "vendedores de chip Sem Parar estacionam seus veículos e abrem faixas anunciando o produto dentro de estabelecimentos comerciais como supermercados, postos de gasolina e grandes lojas lindeiras ao tráfego nas marginais".
O Sem Parar afirmou, em nota, que "tem sistematicamente orientado seus colaboradores a não atuarem em locais irregulares na cidade". A empresa disse ainda que "tem como política de ação comercial itinerante atuar por meio de parcerias comerciais com postos de combustíveis e estacionamentos de grande circulação, próximos a grandes avenidas de São Paulo" e que "essa iniciativa visa responder à demanda de usuários".
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