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Política

- Publicada em 28 de Julho de 2016 às 19:59

Delcídio não estaria cumprindo regime de detenção

O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal entendeu, em parecer encaminhado à Justiça, que o ex-senador Delcídio Amaral (sem partido) não tem cumprido os requisitos que permitiram sua saída da prisão.
O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal entendeu, em parecer encaminhado à Justiça, que o ex-senador Delcídio Amaral (sem partido) não tem cumprido os requisitos que permitiram sua saída da prisão.
Pelo entendimento, que consta em documento assinado nesta quarta-feira, Delcídio pode receber uma advertência da Justiça ou até mesmo voltar a ser preso. O parecer foi solicitado pela 12ª Vara Federal de Brasília, responsável pela fiscalização da situação do ex-senador.
A juíza Pollyanna Kelly Alves, da 12ª Vara, informou que deverá encaminhar as informações de descumprimento do acordo ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi uma decisão do ministro Zavascki que revogou, em fevereiro, a medida restritiva contra o ex-líder do governo.
Na ocasião, após o então senador ter firmado um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, Zavascki autorizou que ele deixasse a prisão, mas impôs condições.
O MPF entendeu, no entanto, que Delcídio não tem obedecido parte dos requisitos exigidos para que responda às acusações na Lava Jato em liberdade - como o comparecimento quinzenal em juízo e o recolhimento domiciliar.
Como o Poder Judiciário está em recesso, uma decisão sobre o caso deverá esperar o retorno do ministro Zavascki à Corte, que deve acontecer na próxima segunda-feira.
O ex-senador foi preso no exercício do mandato, em novembro do ano passado, por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele já havia sido denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas o caso foi encaminhado à Justiça Federal do Distrito Federal após a cassação do mandato do parlamentar e a consequente perda do foro privilegiado.
No dia 21, o MPF ratificou a denúncia de Janot. Junto com Delcídio foram denunciados também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o banqueiro André Esteves, o empresário José Carlos Bumlai e seu filho, Maurício Bumlai, além do advogado Edson Ribeiro e do assessor do ex-senador Diogo Ferreira. Todos são acusados de atuação para tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores na Lava Jato.
Delcídio protocolou, nesta quinta-feira, no STF, uma petição em que comunica estar em Campo Grande para tratar de assuntos da Fazenda Santa Rosa. Ele informa que viajará a Brasília para prestar um depoimento na Receita Federal dia 10. A defesa do ex-senador não retornou contatos da reportagem.
 
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