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Política

- Publicada em 26 de Julho de 2016 às 20:11

Número de eleitores com 16 e 17 anos cai 20% desde 2012

Na contramão do acirramento dos debates no País e das manifestações históricas dos últimos três anos, um grupo parece cada vez mais distante da política: os eleitores com 16 e 17 anos.
Na contramão do acirramento dos debates no País e das manifestações históricas dos últimos três anos, um grupo parece cada vez mais distante da política: os eleitores com 16 e 17 anos.
O tamanho do eleitorado com essa faixa de idade neste ano, na qual o voto é facultativo, caiu 20% na comparação com a eleição municipal anterior, em 2012. Eram 2,9 milhões de brasileiros há quatro anos e agora são 2,3 milhões, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo o IBGE, a população do País com essa idade se manteve praticamente estável no período.
Desde 2013, o Brasil assistiu a grandes mobilizações de jovens, como os protestos contra o aumento da tarifa de ônibus e as ocupações em escolas públicas.
Ainda assim, a quantidade de adolescentes com essa idade que irão às urnas caiu para o mesmo patamar de 1992, quando a população do País era bem menor. A Justiça Eleitoral e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas até tentaram incentivar os jovens dessa idade a fazer o título eleitoral. A entidade estudantil promoveu uma campanha chamada "Se Liga, 16", buscando aumentar a participação de uma faixa da população considerada pouco representada.
Mas só um terço dos 6,8 milhões de brasileiros com essa faixa de idade decidiu fazer o título neste ano.
O professor de Ciência Política Milton Lahuerta, que coordenou um projeto de Parlamento Jovem na Unesp de Araraquara (SP), diz que o desinteresse do eleitorado com 16 e 17 anos possivelmente reflete um "sentimento antipolítica" que se espalhou por todos os setores da sociedade e que também é expressado nas manifestações.
Em 2014, 20% dos eleitores se abstiveram no pleito. "A forma como a política profissional está se desenvolvendo não vem atendendo às expectativas da sociedade. E também há uma lógica econômica que faz com que o tempo da política seja visto como algo anacrônico, que não vale a pena", avalia o professor.
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