Até agora, segundo a Justiça Eleitoral, ocorreram 122 registros de candidatura. O prazo vai até 15 de agosto, e a maioria dos candidatos costuma deixar isso para os últimos dias. O TSE estima que a eleição custará R$ 600 milhões. Na semana passada, o TSE divulgou o cálculo do teto de quanto os candidatos a prefeito e vereador poderão gastar em cada município. Dependendo do caso, o limite de despesas varia entre 30% e 70% dos maiores gastos declarados na eleição anterior. Mas levou a distorções. Um erro na prestação de contas de um candidato a vereador em Manaus em 2012 permitirá que os candidatos ao cargo gastem até R$ 26,7 milhões. Tudo isso porque um recibo de 2012 no valor de R$ 2.850 foi computado como sendo de R$ 28,5 milhões.
"O que o legislador quis foi tirar uma fotografia dos gastos, aplicando um redutor. O resultado foi que temos essa fotografia um tanto quanto distorcida. É uma questão, sem dúvida, delicada. Terá de ser submetida ao TSE para uma deliberação. Mas a intenção, a boa fé do legislador, é evidente. Mas não contava ele com as distorções perpetradas por declarações que não correspondem minimamente à realidade", disse Gilmar Mendes.
O ministro defendeu uma reforma política com a diminuição do número e partidos. Segundo dados disponíveis no site do TSE e da Câmara, há 35 legendas registradas, das quais 27 têm representação no Congresso.
"Estamos convencidos de que não se pode mais que cheguemos à eleição de 2018 sem um reforma. Não podemos mais conviver com essa situação de multiplicação de partidos. Estamos aí com 28, 29 partidos representados no Congresso Nacional, e 35 ou 36 partidos habilitados recebendo um montante significativa de fundos. Há partidos que estão comprando helicóptero, jatinho, avião com fundo partidário. Isso precisa ser realmente superado", avaliou Gilmar Mendes.