O vice-presidente nacional do PDT, ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, disse que é contra um plebiscito popular sobre novas eleições, proposta defendida pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT) em caso de retorno ao Palácio do Planalto. "O mais importante num presidencialismo de crise é ter apego à regra. Qualquer derivação que rompa a regra é contra a estabilidade democrática necessária para que o País se reconcilie como estratégia de desenvolvimento."
Para ele, é improvável que um plebiscito dessa natureza seja aprovado por "uma Câmara controlada por maioria de corruptos" e por "um Senado controlado por Renan Calheiros (PMDB), Eunício Oliveira (PMDB) e Romero Jucá (PMDB)". As declarações foram dadas a jornalistas antes da abertura de painel sobre a crise política brasileira, promovido pela União Nacional dos Estudantes (UNE), no sábado, em São Paulo.
Ciro também comentou a tentativa de golpe na Turquia, na sexta-feira. "Claro que no Brasil tudo é diferente. Há mil razões para ter raiva, frustrações com o governo da presidente Dilma, mas a luta pela democracia, pela regra, pela prevalência do voto popular, é inspiradora e deveria nos orientar enquanto é tempo", comparou.