Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Governo interino

- Publicada em 04 de Julho de 2016 às 18:56

Presidente pode adotar 'medidas impopulares'

Peemedebista não deu maiores detalhes sobre a quais ações se referia na sua explanação

Peemedebista não deu maiores detalhes sobre a quais ações se referia na sua explanação


BETO BARATA/PR/JC
Após receber carta de apoio de 46 entidades do agronegócio em evento em São Paulo, o presidente interino Michel Temer (PMDB) disse, ontem, que o governo federal pode começar a adotar "medidas impopulares".
Após receber carta de apoio de 46 entidades do agronegócio em evento em São Paulo, o presidente interino Michel Temer (PMDB) disse, ontem, que o governo federal pode começar a adotar "medidas impopulares".
"Estamos em um sistema de contenções. A contenção não começou a aparecer ainda. Mas, a partir de certo momento, começaremos com medidas impopulares", disse. Ele afirmou que "não teme" fazer isso, porque não tem intenções eleitorais. Temer não deu detalhes sobre a quais medidas se referia.
As declarações foram dadas após questionamentos sobre se o reajuste ao funcionalismo aprovado na Câmara dos Deputados - e que custará R$ 58 bilhões - pode afetar a meta fiscal deste ano, de déficit de R$ 170 bilhões.
Sem os aumentos, complementou, setores realizariam greves, algo "desastroso politicamente", admitiu. "Está tudo previsto no orçamento e no déficit de R$ 170 bilhões", disse. O presidente não entrou em detalhes, mas um dos temores dos empresários é que uma das medidas seja aumento de impostos. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descarta a opção para poder aumentar a arrecadação do governo e melhorar as contas públicas.
No encontro com o agronegócio, Temer disse que conta com a iniciativa privada para a recuperação econômica. "Ter lucro não é pecado." O interino disse que programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, são necessários, mas que "não há nada mais indigno que o desemprego".
 

Verba para emendas parlamentares será acelerada

A despeito do rombo nas contas do Tesouro Nacional, o presidente interino Michel Temer (PMDB) decidiu acelerar o desembolso de verbas de interesse direto de congressistas.
Dados preliminares apontam que, em junho, foram destinados R$ 669 milhões a emendas parlamentares individuais, como são chamadas as despesas incluídas por deputados federais e senadores no orçamento da União.
Trata-se do maior valor mensal desde o ano passado, quando teve início a atual legislatura. Os pagamentos normalmente crescem conforme se aproxima o final do ano: em junho do ano passado, não passaram de R$ 57 milhões. O maior montante de 2016, até então, eram os R$ 290 milhões de abril.
As emendas são estratégicas nas relações entre governo e Congresso: a liberação do dinheiro, em geral destinado às bases eleitorais dos parlamentares, facilita a aprovação de projetos de interesse do Executivo. Entre as prioridades está a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).