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Opinião

- Publicada em 25 de Julho de 2016 às 19:15

É hora de o eleitor se informar e debater a cidade

Estamos a pouco mais de dois meses das eleições municipais, que acontecem em 2 de outubro, e recém agora os primeiros candidatos a prefeito e vereador estão sendo oficializados pelos partidos na disputa.
Estamos a pouco mais de dois meses das eleições municipais, que acontecem em 2 de outubro, e recém agora os primeiros candidatos a prefeito e vereador estão sendo oficializados pelos partidos na disputa.
A reforma eleitoral encurtou drasticamente o período de campanha, que começa oficialmente apenas no dia 16 de agosto. Ou seja, serão 45 dias para debater os problemas das cidades e apresentar propostas e soluções.
A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão será ainda menor. Terá início em 26 de agosto. Pouco mais de um mês é um período pequeno, e o eleitor não precisa, necessariamente, ficar atrelado a ele. Pode, desde já, começar a participar do processo eleitoral. Para isso, a principal ferramenta é a informação.
Um dado decisivo é lembrar os candidatos em quem votou no pleito municipal anterior, o de 2012. Caso seus nomes para a prefeitura e a Câmara de Vereadores tenham sido eleitos, é importante ver como foram seus mandatos - o que mudou na cidade, se melhorou, se piorou - para avaliar se merecem a confiança de um novo apoio, seja nos próprios nomes votados, seja nos seus candidatos a sucessor.
Também é importante saber o que é responsabilidade do Executivo (prefeito) e do Legislativo (vereadores) para cobrar quem deve, de fato, ser cobrado.
E não adianta, por exemplo, repetir o lugar comum da inexpressividade do Legislativo e queixar-se que a Câmara Municipal apresenta apenas "projetos inúteis" se não sabe quais as propostas apresentadas pelo seu vereador.
Pior ainda, se não está informado sobre como seu representante votou nos projetos realmente importantes para a cidade. Que são vários. A Câmara de Porto Alegre, por exemplo, legislou sobre temas que afetam a vida de todos os habitantes: mudou os limites geográficos e criou novos bairros, reimplantou a zona rural do município, alterou as regras para construir em grandes áreas da cidade, permitindo prédios maiores, além de discutir questões tradicionalmente relevantes, como o orçamento do município.
Enfim, é preciso estar atento. E, além de passar a limpo os últimos anos, também é importante, evidentemente, olhar para a frente, isto é, ver os desafios da cidade para os próximos quatro anos e quais as propostas dos candidatos para esses problemas.
Seja qual for a queixa - iluminação pública, atendimento básico em saúde, pavimentação das ruas, coleta de lixo, qualidade da água -, não basta reclamar. É preciso saber qual o diagnóstico do seu candidato sobre o problema e o que ele fará para resolvê-lo ou ajudar na solução.
Se o tema não esteve em pauta nos últimos anos, mesmo sendo importante para o seu cotidiano, o debate eleitoral é uma boa oportunidade para que ele seja discutido. E o eleitor pode sugeri-lo ao seu candidato a prefeito ou vereador, ou até mesmo se reunir com vizinhos ou entidade a que esteja filiado, para incluí-lo na pauta de quem vai disputar o voto em outubro.
Uma das justificativas para a reforma eleitoral é valorizar o conteúdo dos candidatos e reduzir a força do dinheiro na disputa eleitoral. Com a restrição nos orçamentos das campanhas, as produções de rádio e TV serão mais baratas; e, pela lógica, as propostas devem se sobressair. Ou seja, o conteúdo.
Claro, propostas não são tudo, as biografias dos candidatos devem ser analisadas para que o voto seja, de fato, consciente. É uma grande responsabilidade de mais de 144 milhões de brasileiros, como informou ontem o Tribunal Superior Eleitoral, ao revelar o número de cidadãos aptos a participar do pleito. Então, informe-se. O voto consciente começa já.
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