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Opinião

- Publicada em 15 de Julho de 2016 às 14:46

Parto por decreto

A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que determina uma nova regra para a realização de partos cesáreos no País tem, no mínimo, duas formas de explicação. Uma seria a total falta de informação para legislar sobre um assunto tão delicado e importante, ou, o que me parece mais provável, o CFM defende interesses econômicos oriundos dos planos e saúde em detrimento do bem-estar das mães e dos bebês. Ora, não permitir à paciente optar pela cesariana antes de completar 39 semanas de gestação, é brincar com a saúde. Sempre defendemos o parto normal por uma questão de natureza humana, mas não podemos tirar da futura mãe o direito de optar por uma cesária, lembrando que hoje o risco infeccioso materno numa cesariana eletiva é comparável, em muitos estudos bem delineados, ao parto normal. Por outro lado, os hospitais não dispõem de material humano suficiente para garantir a segurança do atendimento. O Sistema Único de Saúde (SUS) não está preparado para esta demanda. É preciso que haja uma previsibilidade para que se possa ter médicos, anestesistas e auxiliares em número suficientes para agir durante uma cesariana. Sem esta equipe médica em condições ideais para um procedimento imprevisto, aumenta o risco da gestante e do seu filho.
A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que determina uma nova regra para a realização de partos cesáreos no País tem, no mínimo, duas formas de explicação. Uma seria a total falta de informação para legislar sobre um assunto tão delicado e importante, ou, o que me parece mais provável, o CFM defende interesses econômicos oriundos dos planos e saúde em detrimento do bem-estar das mães e dos bebês. Ora, não permitir à paciente optar pela cesariana antes de completar 39 semanas de gestação, é brincar com a saúde. Sempre defendemos o parto normal por uma questão de natureza humana, mas não podemos tirar da futura mãe o direito de optar por uma cesária, lembrando que hoje o risco infeccioso materno numa cesariana eletiva é comparável, em muitos estudos bem delineados, ao parto normal. Por outro lado, os hospitais não dispõem de material humano suficiente para garantir a segurança do atendimento. O Sistema Único de Saúde (SUS) não está preparado para esta demanda. É preciso que haja uma previsibilidade para que se possa ter médicos, anestesistas e auxiliares em número suficientes para agir durante uma cesariana. Sem esta equipe médica em condições ideais para um procedimento imprevisto, aumenta o risco da gestante e do seu filho.
Um terceiro complicador envolve questões médico legais. Há grande quantidade de ações na Justiça questionando possíveis erros médicos em situações de atendimento a parto normal. A responsabilização judicial dos profissionais tem colocado médicos e juízes frente a frente. Enfim, a decisão do Conselho Nacional de Medicina do Ministério da Saúde é mais um complicador que envolve o direito de escolha na hora do nascimento. Os cuidados precisam ser de todas as partes, pois estamos tratando de uma nova vida, de alguém que está chegando ao mundo e precisa estar cercado de todos os cuidados. Volto a repetir como falei em outras ocasiões que é preciso tomar cuidado, pois ações desta natureza migram para o inconsciente coletivo como regra geral: se deu tudo certo durante o nascimento, "Graças a Deus", ao contrário, a culpa é do médico.
Vereador de Porto Alegre (DEM)
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