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Opinião

- Publicada em 07 de Julho de 2016 às 19:14

Renúncia de Eduardo Cunha atende clamor popular

Havia, e ainda existe, um forte clamor popular em quase todo País contra a permanência na Câmara Federal do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado da presidência daquela Casa. O parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO) que trata do pedido de cassação de Eduardo Cunha foi entregue em 31 de maio ao presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PR-BA), quase seis meses após as investigações contra o ex-presidente da Câmara serem iniciadas, acusações agora renovadas pela diretoria da Petrobras.
Havia, e ainda existe, um forte clamor popular em quase todo País contra a permanência na Câmara Federal do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado da presidência daquela Casa. O parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO) que trata do pedido de cassação de Eduardo Cunha foi entregue em 31 de maio ao presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PR-BA), quase seis meses após as investigações contra o ex-presidente da Câmara serem iniciadas, acusações agora renovadas pela diretoria da Petrobras.
Tudo isso vinha irritando a opinião pública, que não tolerava, segundo várias pesquisas, a permanência do parlamentar na Câmara. Finalmente, com um mínimo de razoabilidade, Eduardo Cunha renunciou à presidência. Porém ainda detém o mandato de deputado federal e, assim, segue gozando das benesses inerentes.
Segundo aliados do parlamentar, ele "cedeu a apelos", renunciando à presidência da Câmara. Na área externa, enquanto ele lia carta de renúncia, manifestantes gritavam "fora Cunha".
O processo por falta de decoro parlamentar pelas contas na Suíça, sempre negadas por Eduardo Cunha, foi aprovado no Conselho de Ética, mas ainda há etapas a serem vencidas até seu afastamento definitivo da política.
Cunha é alvo também de investigação por suspeita de receber propina da OAS, além de responder por duas ações penais: uma derivada de denúncia da PGR, que o acusa de receber propina em contas na Suíça, e outra de receber propina por contrato de navios-sonda. Espera-se que, na semana que vem, a Câmara Federal escolha um novo presidente, o qual completará, até o início de 2017, o período de Eduardo Cunha. Waldir Maranhão (PP), tem sido quase omisso e bem atrapalhado na condução - ou paralisia - dos trabalhos da Casa, onde dormitam projetos importantes para restabelecer a confiança na economia nacional, que soçobra em meio à penúria e à queda do Produto Interno Bruto (PIB) há três anos.
Mesmo contra tantas acusações, Eduardo Cunha jamais pestanejou para negar a tudo e a todos quando foi acusado em delações premiadas. Lacrimejando, finalmente, nesta quinta-feira, diante da mídia, ele renunciou à presidência da Câmara Federal. Em diversas oportunidades, o ainda deputado federal afirmou que estava confiante de que não tem culpa e de que não mentiu à CPI durante seu depoimento.
Execrado por 9 entre 10 brasileiros que analisam a situação da Câmara e, via de consequência, do Brasil, usou das mais variadas artimanhas e se mantinha no alto posto desde o ano passado, malgrado as petições que vinha sofrendo junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), justamente para tirá-lo do importante posto.
Adversário político da então presidente Dilma Rousseff (PT), agora também afastada, Eduardo Cunha mostrou ser um arguto conhecedor dos meandros administrativos da Câmara Federal. Disse que foi alvo de vingança por ter aberto o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A presidente afastada afirmou que Cunha se vingou dela por não ter obtido apoio dos votos do PT para impedir o pedido de cassação dele na Comissão de Ética. Troca de farpas que não ajudaram o País em nada, pelo contrário. Então, a voz do povo acabou sendo a voz ouvida pelo próprio Eduardo Cunha, que somente agora vergou sob o peso de tantas acusações, algumas bem comprovadas, no caso das contas no exterior, por autoridades judiciárias e bancárias da Suíça. Que a Câmara volte à normalidade rapidamente.
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