"Traga mais armas em cinco (minutos)." Foi com essas palavras em um SMS enviado do celular de Mohamed Lahouaiej Bouhlel que a polícia francesa encontrou o primeiro indício de que o tunisiano não agiu de forma solitária no atentado em Nice.
A mensagem foi enviada às 22h27min de quinta-feira, cerca de 15 minutos antes do início do massacre na Promenade des Anglais, a avenida beira-mar de Nice. Seu destinatário foi identificado como Choukri, e está preso. Ontem, mais dois homens sob investigação por possível conexão com o crime foram detidos, elevando o total de suspeitos a sete.
Depois de analisar os dados contidos no celular de Bouhlel, encontrado no caminhão que havia sido alugado três dias antes do crime, a polícia deteve Choukri e os outros homens, mas não está claro se eles faziam parte de uma célula terrorista ou de uma quadrilha que praticava crimes comuns. No sábado, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado de Nice, que deixou 84 pessoas mortas e 202 feridas.
Brasileira que estava desaparecida tem morte confirmada pelo Itamaraty
A brasileira Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, de 30 anos, que estava desaparecida desde o dia do atentado que deixou 84 mortos em Nice, na França, teve a morte confirmada pelo Itamaraty na noite de ontem. Autoridades francesas divulgaram a informação depois de um exame de DNA e repassaram a notícia ao consulado brasileiro. Dois funcionários em Paris irão à Nice prestar assistência à família de Elizabeth.
Sem receber notícias da filha, a brasileira Inês Gyger estava inconformada com a falta de informação. Ela viajou da Suíça para a França para saber se Elizabeth estava ou não entre as vítimas.
Segundo o Ministério da Saúde da França, os corpos de algumas das 84 vítimas fatais ainda não haviam sido identificados. As famílias só são chamadas para fazer o reconhecimento do corpo quando a identificação já foi comprovada por fotos ou DNA. A falta de documentos de identificação pessoal é um dos motivos alegados pelo governo para a demora.