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Terrorismo

- Publicada em 03 de Julho de 2016 às 16:45

Iraque tem atentado mais violento em um ano

Pelo menos 90 pessoas morreram em ação em Karada

Pelo menos 90 pessoas morreram em ação em Karada


SABAH ARAR/AFP/JC
Pelo menos 126 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em dois ataques a bomba em Bagdá, capital do Iraque, na madrugada de ontem. Na ação mais letal, um carro-bomba explodiu em Karada, um distrito comercial no Centro de Bagdá, matando 121 pessoas e ferindo outras 187, de acordo com informações da polícia. Entre os mortos estão pelo menos 15 crianças, dez mulheres e seis policiais.
Pelo menos 126 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em dois ataques a bomba em Bagdá, capital do Iraque, na madrugada de ontem. Na ação mais letal, um carro-bomba explodiu em Karada, um distrito comercial no Centro de Bagdá, matando 121 pessoas e ferindo outras 187, de acordo com informações da polícia. Entre os mortos estão pelo menos 15 crianças, dez mulheres e seis policiais.
 
Karada é uma importante área comercial com lojas de roupas e joias, restaurantes e cafés, e estava lotada de clientes com a proximidade do feriado de Eid al-Fitr, na quarta-feira, que marca o fim do Ramadã. A maioria das vítimas estava dentro de um shopping de vários andares, onde dezenas de pessoas morreram queimadas ou sufocadas, segundo a polícia. Foi o ataque mais violento no Iraque desde julho de 2015.
 
A facção radical Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado em comunicado assinado e divulgado nas redes sociais, no qual garantiu que o alvo eram os xiitas. O EI considera os xiitas, grupo islâmico majoritário no Iraque, hereges e frequentemente os visa como alvo de suas ações. O último ataque de envergadura do grupo havia ocorrido em 17 de maio, quando um atentado duplo deixou 50 mortos e mais de 100 feridos.
 
No segundo ataque, um explosivo improvisado foi detonado no Leste da capital iraquiana, deixando cinco mortos e 16 feridos. Nenhum grupo reivindicou a autoria da ação. Os atentados ocorreram cerca de uma semana após forças iraquianas declararem a cidade de Fallujah livre do EI.

Bangladesh teme aumento do extremismo

Após quase 12 horas de cerco, o ataque reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) a um restaurante na área diplomática de Dacca, capital de Bangladesh, terminou com 20 mortos, que haviam sido feitos reféns por seis sequestradores. Os terroristas e dois policiais também morreram durante a ação. As forças de segurança conseguiram resgatar outros 13 reféns.
A maioria dos mortos é estrangeiro - o restaurante Holey Artisanque fica no bairro de Gulshan, onde se concentram as embaixadas da cidade. O governo da Itália confirmou que nove cidadãos do país morreram, e um estava desaparecido. O Japão confirmou sete japoneses entre os mortos.
A invasão ao restaurante ocorreu por volta das 21h20min locais (12h20min de Brasília) de sexta-feira. Horas depois, a autoria foi reivindicada pelo EI através de uma mensagem publicada no Twitter da Amaq, agência de notícias ligada à facção, com a publicação de um foto mostrando mortos na ação.
De acordo com Benazir Ahmed, diretor da força de elite Batalhão de Ação Rápida, os autores do ataque teriam gritado "Allah Akbar" (Deus é maior, em árabe) ao entrar no restaurante. Mais de 90% da população de Bangladesh é muçulmana e, a grande maioria, sunita. Recentemente, o país tem visto um aumento da violência militante. Os ataques despertaram o medo de que extremistas religiosos estariam ganhando espaço no país, apesar da tradição de tolerância.