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Minas Gerais

- Publicada em 05 de Julho de 2016 às 17:36

MP denuncia desmatamento de Mata Atlântica pela Samarco

A vistoria realizada por promotores e técnicos do Ministério Público de Minas Gerais na área da barragem de Fundão, em Mariana, identificou uma obra irregular feita pela mineradora Samarco, dona da represa que ruiu há exatamente oito meses, matando 18 pessoas e deixando uma desaparecida. Segundo o promotor Mauro Ellovitch, houve desmatamento da Mata Atlântica sem autorização e acúmulo de material atrás de um dique construído para tentar evitar que a lama da barragem continue vazando. A obra não tem projeto nem autorização dos órgãos ambientais.
A vistoria realizada por promotores e técnicos do Ministério Público de Minas Gerais na área da barragem de Fundão, em Mariana, identificou uma obra irregular feita pela mineradora Samarco, dona da represa que ruiu há exatamente oito meses, matando 18 pessoas e deixando uma desaparecida. Segundo o promotor Mauro Ellovitch, houve desmatamento da Mata Atlântica sem autorização e acúmulo de material atrás de um dique construído para tentar evitar que a lama da barragem continue vazando. A obra não tem projeto nem autorização dos órgãos ambientais.
Segundo o promotor Marcos Paulo Miranda, que atua na defesa do patrimônio histórico e artístico, a região do acidente virou "terra de ninguém". Os promotores afirmaram ter perguntado à empresa sobre os motivos da obra, mas ela não conseguiu informar. "Depositar grande quantidade de material sem um projeto executivo e estudo técnico é temerário. É colocar risco para o meio ambiente e para a sociedade sem qualquer respaldo", afirmou Ellovitch. A promotoria espera laudo da Polícia Ambiental para acionar a mineradora.

ONU elogia decisão do STJ de suspender acordo com a mineradora

A Organização das Nações Unidas (ONU) elogiou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de suspender o acordo alcançado entre o governo do Brasil, a Samarco, a Vale e a BHP Billition, em relação ao desastre ambiental. Na semana passada, a ministra do STJ Diva Malerbi, desembargadora convocada, suspendeu, em caráter liminar, o acordo. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF).
"O acordo ignorava os direitos humanos das vítimas, e sua suspensão, em 1 de julho, é uma oportunidade perfeita para realizar uma completa revisão das devidas reparações e compensações para as vítimas, com transparência e participação pública", afirmaram os especialistas da ONU, em comunicado emitido em Genebra, na Suíça.
Segundo eles, o rompimento da barragem "liberou cerca de 50 milhões de toneladas de rejeito de minério de ferro, supostamente aumentando os níveis de múltiplas substâncias tóxicas em um curso de 700 quilômetros de vários rios, incluindo o rio Doce".