Roberta Fofonka

CEO da Samba Tech, uma das startups mais promissoras do País, Gustavo Caetano, 34, explica sua trajetória com os fundos de investimento

Empreendedor arrecada milhões e alerta: não faça bobagem em larga escala

Roberta Fofonka

CEO da Samba Tech, uma das startups mais promissoras do País, Gustavo Caetano, 34, explica sua trajetória com os fundos de investimento

O mineiro Gustavo Caetano, 34 anos, já foi apontado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) como um dos 10 jovens mais inovadores do Brasil. Foi também apontado como "Mark Zuckerberg brasileiro" pela Business Insider. Hoje, dá palestras para executivos ao redor do mundo.
O mineiro Gustavo Caetano, 34 anos, já foi apontado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) como um dos 10 jovens mais inovadores do Brasil. Foi também apontado como "Mark Zuckerberg brasileiro" pela Business Insider. Hoje, dá palestras para executivos ao redor do mundo.
Ele começou sua trajetória empreendedora aos 19 anos de idade, quando ganhou um celular com tela colorida e queria adquirir joguinhos para o aparelho. A surpresa: não encontrou nenhum disponível no mercado brasileiro. Estudante de Marketing à época, elaborou um plano de negócios e procurou quem fazia isso no mundo para trazer para o Brasil. Em parceria com a inglesa Brainstorm, abriu a Samba Mobile, em 2004, que vendia jogos para as operadoras de telefonia. No mesmo ano, já abriria escritórios no Chile e na Argentina. Com US$ 100 mil de um investidor-anjo, ele conseguiu dar o start.
Depois de os celulares coloridos se popularizarem e o mercado desaquecer, em 2007, Caetano passou a acreditar que "o futuro do mundo era o vídeo" e se reinventou com a Samba Tech, plataforma de vídeos para quem não quer usar o Youtube para hospedar material audiovisual.
Arte da página 9
Para sustentar os próximos passos da empresa, Caetano escolheu pelos fundos de investimento. Para tanto, ele reforça a importância da validação do negócio nessa conquista de montantes externos. Quando quiseram remodelar a empresa, foi feito um piloto da plataforma e apresentado à Band, que comprou a ideia. "Aí, sim, eu fui recorrer ao fundo", destaca.
A Samba Tech passou pela primeira rodada de investimentos em 2009, quando arrecadou US$ 3 milhões, através de fundos. A segunda, em 2015, rendeu US$ 4 milhões, com aportes de Israel, Estados Unidos e Brasil. Um deles é o FIR Capital, fundo brasileiro afiliado a Draper Fisher Jurvetson, uma das maiores empresas de Venture Capital (investimento de risco) do mundo. Há oito anos, a empresa faz parte do G-Lab, programa global do MIT.
Caetano alerta que recursos e sucesso não são proporcionalmente sinônimos. Não é o dinheiro o principal vetor para uma empresa crescer, e sim a maneira como é aplicado. "Muita empresa, se você colocar R$ 5 milhões na mão hoje, não saberá o que fazer com o dinheiro, porque não sabe onde está o seu driver de crescimento", pontua.
O empreendedor chama atenção para as peculiaridades dos tipos de aportes. "Quando você se abre para investimento externo, tem que saber que o investidor tem interesse no que ele vai receber. Ele está investindo em você, porque possivelmente irá receber mais do que no banco", explica.
Outro cuidado é que investidores podem querer vender a empresa. Então, não é o tipo recomendado a companhias que tenham uma ideia de legado ou de sucessão familiar. "O investimento acelera para cima ou para baixo. Se sua empresa não está preparada com os processos, não conhece o mercado, não tiver certeza que as pessoas querem o seu produto, você pode realmente fazer bobagem em larga escala."
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