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Rio 2016

- Publicada em 27 de Julho de 2016 às 16:18

Presidente do COI minimiza problemas

Dirigente (c) foi recepcionado no aeroporto por Carlos Arthur Nuzman e voluntários

Dirigente (c) foi recepcionado no aeroporto por Carlos Arthur Nuzman e voluntários


YASUaYOSHI CHIBA/AFP/JC
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, chegou ao Rio de Janeiro na manhã de ontem e minimizou os problemas enfrentados por algumas delegações na Vila Olímpica.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, chegou ao Rio de Janeiro na manhã de ontem e minimizou os problemas enfrentados por algumas delegações na Vila Olímpica.
O dirigente alemão conversou com jornalistas ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, onde foi recebido pelo presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, e recebeu sua credencial olímpica.
Questionado sobre a necessidade de reparos na vila, Bach afirmou que é normal que ajustes finais sejam feitos às vésperas da competição. "Nos dias que antecedem os Jogos Olímpicos sempre tem alguma questão ou outra para ser resolvida. Mas os brasileiros vão resolver e já podemos sentir a energia olímpica aqui no aeroporto e na cidade, com todos os voluntários sorridentes e cheios de empolgação. Estamos esperando grandes Jogos. Sempre tivemos total confiança nos brasileiros. A expectativa é alta pela paixão dos brasileiros pelo esporte, a alegria de viver e pelas instalações fantásticas que veremos. Será uma ótima atmosfera olímpica", afirmou Bach.
Nos últimos dias, a Vila Olímpica, que fica na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, foi alvo de diversas críticas, principalmente por parte da delegação da Austrália, que chegou a se recusar a ocupar os apartamentos. O time australiano voltou ao prédio na noite de terça-feira, após uma equipe de cerca de 600 técnicos realizarem reparos nas redes elétrica e hidráulica.

Paes se encontra com delegação australiana e ganha canguru de pelúcia

O encontro do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com a chefe da delegação da Austrália, Kitty Chiller, para selar a paz entre os países foi marcado por algumas gafes. O compromisso estava agendado para as 13h de ontem, na Vila Olímpica, mas os australianos tiveram de aguardar cerca de 25 minutos pela chegada do prefeito.
Os atletas, a maioria deles membros da equipe de hóquei sobre grama, aproveitaram a espera para tirar fotos. Parte do grupo estava sentada em um palco destinado a "pocket shows" na zona internacional da Vila Olímpica quando foi surpreendida por uma ventania. As lonas da lateral da estrutura começaram a voar em direção aos atletas.
O problema se repetiu assim que o prefeito começou a discursar, o que levou Paes a dizer em inglês: "Espero que não caia". E completou em português: "Eu ficaria muito feliz se alguém segurasse isso". Ninguém segurou, mas o vento deu uma trégua.
Uma frase do discurso de Paes também não passou despercebida. Em inglês, o prefeito declarou: "Sei que vocês têm um diferente nível de civilização". As palavras foram ditas pouco antes de o prefeito pedir desculpas pela confusão.
Dias antes, após reclamação da delegação australiana sobre a precariedade das instalações da Vila Olímpica, o prefeito chegou a dizer que iria trazer um canguru para que os atletas se sentissem "em casa". Ontem, ele entregou a Kitty a chave da cidade e recebeu de presente um animal de pelúcia, que se tornou o símbolo de reconciliação. "Vou dar para minha filha", avisou.
Paes não acha que foi rude ao fazer a piada. "O canguru é um símbolo nacional da Austrália. Por isso que falei nele", explicou. "Quero dizer que agora o meu segundo time nas Olimpíadas será a Austrália. Sempre que o Brasil não estiver competindo, vou torcer pela Austrália. A cor da camisa (amarela) é a mesma. Então, isso até facilita", completou.

Corte Arbitral do Esporte terá divisão para doping no Rio

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) vai criar uma estrutura legal específica antidoping inédita para acelerar o julgamento dos casos de uso de substâncias proibidas. Antes, os escândalos cabiam a uma comissão de disciplina do Comitê Olímpico Internacional (COI), que avaliava sanções, desclassificações e até retirada de medalhas.
Nova detentora da função, a CAS anunciou que o escritório provisório vai analisar, em primeira instância, casos e apelações durante a Olimpíada - de 5 a 21 de agosto - e poderá impor sanções temporárias se assim se considerar procedente. Desde Atlanta/1996, nos Estados Unidos, um tribunal arbitral do esporte atende aos Jogos Olímpicos para responder às disputas legais relativas aos atletas, mas é a primeira vez que se monta uma divisão focada nos casos de doping, que deverá trabalhar paralelamente à original.
Na terça-feira, um dos delatores do esquema de doping patrocinado pelo Estado russo, Vitaliy Stepanov, afirmou que atletas dopados do país vão conseguir participar da Olimpíada do Rio. Ele criticou a falta de rigor do COI, que decidiu não banir toda a delegação russa da Rio 2016 e deixou que cada federação decidisse se esportistas russos permaneceriam na disputa.
Além do time de atletismo, já suspenso pelo COI, deveriam ficar de fora os competidores russos com histórico de uso de substâncias proibidas - um critério polêmico, contra o qual não se sabe ainda se cabe recurso, já que foca apenas na delegação russa. Uma regra semelhante do comitê - nomeada Osaka Rule, que previa a proibição de atletas de todo o mundo já banidos por doping de participarem da Olimpíada subsequente - foi declarada inválida pela CAS.

Federações de esgrima e triatlo liberam russos para a competição

As federações de esgrima e triatlo da Rússia liberaram os atletas classificados para os Jogos Olímpicos para competirem no Rio de Janeiro. Com isso, agora já são cinco as entidades russas que autorizaram todos os seus atletas a participarem da competição. Outras oito não permitiram.
Segundo a União Internacional de Triatlo (ITU, na sigla em inglês), todos os seis russos classificados foram liberados porque nenhum deles falhou nos testes antidoping feitos. "Nenhum dos triatletas russos (três homens, três mulheres) que se classificou para a Olimpíada de 2016 foi incluído no relatório McLaren, nem sofreu suspensões ou foi banidos por falhar no teste antidoping", disse a ITU, citando o relatório independente da Agência Mundial Antidoping (Wada).
"Além disso, todos foram testados fora da Rússia. Sendo assim, a ITU vai recomendar ao COI (Comitê Olímpico Internacional) que estes seis atletas sejam liberados para competir no Rio no mês que vem."
No domingo passado, o COI liberou os atletas russos para competirem no Rio de Janeiro, mas determinou que a palavra final ficaria com as federações de cada esporte. Desde então, 107 atletas foram vetados dos Jogos.

Organizadores dos Jogos de 2020, em Tóquio, admitem aumento nos gastos

Enquanto os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro enfrentam enorme pressão para terminar os preparativos até a data da cerimônia de abertura, marcada para o dia 5 de agosto, os responsáveis pela Olimpíada de Tóquio já encaram a disparada nos custos de um evento que vai ser realizado apenas daqui a quatro anos.
O presidente do Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio, Yoshiro Mori, reconheceu em uma reunião com os responsáveis locais pelo evento que o custo de construção das sete instalações temporárias para os Jogos subiu para cerca de US$ 2,6 bilhões (aproximadamente R$ 9,5 bilhões), superando consideravelmente a estimativa inicial de US$ 690 milhões (R$ 2,26 bilhões).
Mori disse que os números originais foram o resultado de cálculos errados, responsabilizando o governo metropolitano de Tóquio e o Comitê Olímpico Japonês. O comitê organizador não divulgou uma estimativa oficial do total dos custos, mas reconheceu que será consideravelmente maior do que os US$ 3,5 bilhões (R$ 11,5 bilhões) previstos pela candidatura.
Os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2020 vêm sendo atormentados por uma série de problemas, envolvendo a construção do estádio olímpico, a definição do logotipo oficial e acusações de suborno no processo de definição da sede do evento. Os custos para realização da Olimpíada em Tóquio são compartilhados pelo comitê organizador e pelos governos municipal e federal.