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Gestão

- Publicada em 04 de Julho de 2016 às 09:53

AGV aposta na capacitação profissional

Noer afirma que é preciso atacar de frente a questão da eficácia

Noer afirma que é preciso atacar de frente a questão da eficácia


GUILHERME TESTA/DIVULGAÇÃO/JC
O conceito de capacitação profissional e aprimoramento da gestão permeiam as ações realizadas pela Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) que trazem o selo do Movimento Varejo Mais Vendedor. A iniciativa inclui formações e métodos voltados para empresários do setor e colaboradores em nível gerencial. Ao longo ano haverá uma programação intensa com cursos on-line, palestras, fóruns e um evento no final do ano que premiará os talentos do setor. Uma das ferramentas, a especialização, é inovadora pelos conteúdos práticos e tem uma metodologia inédita com enfoque em vendas para lojas. O curso é realizado pela internet e conta com vídeos, consultoria de vendas à distância e implantação de planos com soluções e personalizadas.
O conceito de capacitação profissional e aprimoramento da gestão permeiam as ações realizadas pela Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) que trazem o selo do Movimento Varejo Mais Vendedor. A iniciativa inclui formações e métodos voltados para empresários do setor e colaboradores em nível gerencial. Ao longo ano haverá uma programação intensa com cursos on-line, palestras, fóruns e um evento no final do ano que premiará os talentos do setor. Uma das ferramentas, a especialização, é inovadora pelos conteúdos práticos e tem uma metodologia inédita com enfoque em vendas para lojas. O curso é realizado pela internet e conta com vídeos, consultoria de vendas à distância e implantação de planos com soluções e personalizadas.
Além de desenvolver a capacidade intelectual, são momentos como esse, com consumidores com pé no freio, que o lojista tem que buscar alternativas para recuperar os clientes e tornar mais eficaz sua gestão do negócio. Foi pensando nessa realidade que associação promoveu em junho, em Porto Alegre, o Fórum de Venda a Prazo. No encontro foram apresentadas ferramentas de gestão de crédito para proteger o empresário ao mesmo tempo em que o reaproxima do consumidor. "A ideia é que o lojista volte a ser um parceiro do consumidor, que pode não ter condições de pagar uma parcela de R$ 300,00, mas pode se comprometer com R$ 100,00. Ampliando o prazo ao consumidor, o comércio volta a vender", afirma o Vilson Noer, presidente da AGV. Segundo dados levantados pela entidade, mais de 50% dos consumidores usam os cartões de crédito ou débito para fazer suas compras. Os cartões próprios das lojas têm a preferência de 18% dos consumidores, as compras à vista em dinheiro, 22% e o cheque, 7%.
Na avaliação de Noer, nestes tempos em que o faturamento não alcança as margens de anos anteriores é preciso atacar de frente a questão da eficácia operacional. Em resumo: ter mais produtividade. Pela sua experiência isso passa pela gestão de pessoas, ou seja, ter uma equipe afinada, bem treinada e comprometida. "É fundamental investir nisso. Perceber o perfil adequado na hora de contratar. Ter colaboradores que conheçam o produto e a cultura da empresa na qual trabalham", ressalta. Ainda no âmbito interno, Noer acredita que é possível melhorar as rupturas e perdas por conta de compras mal efetuadas, de problemas de exposição e ter mais controle sobre as chamadas perdas internas, categoria na qual estão incluídos furtos dentro da loja.
Do lado de fora do comércio, o essencial é saber lidar com o novo consumidor. "O marketing digital transformou o varejo. É antes e depois. A compra é decidida de outra maneira", comenta. Ainda dentro deste pilar de desenvolvimento de pessoas, a associação acaba de fundar a AGV Jovem. A proposta é desenvolver e capacitar as lideranças novas que começam a se destacar no setor. Na avaliação do presidente, o momento atual necessita desta energia e motivação. Ao mesmo tempo em que vai ao encontro de um anseio de empresários que se preocupam com o processo de sucessão dentro dos seus negócios. "Nosso foco é nos filhos dos nossos associados. Eles estão muito voltados para o business e também com a sucessão familiar", analisa Noer.

Sinais de confiança do lojista e de recuperação no segundo semestre

Vilson Noer ressalta que é preciso atacar de frente a questão da eficácia operacional

Vilson Noer ressalta que é preciso atacar de frente a questão da eficácia operacional


GUILHERME TESTA/DIVULGAÇÃO/JC
Para o presidente da AGV, Vilson Noer, o setor de bens duráveis é o que tem sofrido mais com a recessão. Apesar de o cenário político atrapalhar a retomada do crescimento, o dirigente diz que o lojista gaúcho está mais confiante e existem sinais de que a economia começa a se recuperar neste segundo semestre.
Noer cita o segmento de confecção como um dos setores que vem se destacando positivamente, assim como empresas fornecedoras da indústria calçadista. "No primeiro semestre houve um crescimento nominal de 4,2%. A curva de confiança começa a se expandir. Assim, podemos terminar o ano com um aumento de 5%", destaca. Conforme ele, o Interior do Estado é o principal responsável por esta performance positiva, enquanto na Região Metropolitana este processo é mais lento.
Entre os objetivos estratégicos que foram alinhados com as 130 entidades que fazem parte da AGV o foco recai na redução de impostos, assunto que a associação vem trabalhando desde 2012 junto a deputados da Assembleia Legislativa e o governo do Estado. Mais recentemente, a AGV, em parceria com a CDL de Porto Alegre e Federasul, lançaram a campanha "Diga não à CPMF".
Ainda no mês de junho, a entidade se empenhou para a aprovação do projeto de diretrizes do orçamento (LDO/2017), que trata pelo segundo ano consecutivo do congelamento do custeio e dos gastos com pessoal em todos os poderes. "Sabemos que é muito importante esse controle para estabilizar a economia local. Assim, o Estado pode ter foco na segurança, infraestrutura, saúde e educação", diz Noer.
O levantamento feito pela AGV indica que o principal receio dos empresários está ligado ao aumento de roubos de produtos em assaltos e com a segurança de clientes e funcionários, com 31% das respostas. Os itens econômicos aparecem a seguir, principalmente com os preços dos aluguéis (28%), queda de vendas (13%) e aumento de ICMS (12%). Com menores indicações aparecem o cenário econômico brasileiro (9%) e a inadimplência dos consumidores (7%).