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Economia

- Publicada em 26 de Julho de 2016 às 19:19

Compradores tomam posse da última obra inacabada do M.Grupo no Estado

Integrantes de associação acompanharam a transferência das torres sob chuva

Integrantes de associação acompanharam a transferência das torres sob chuva


JONATHAN HECKLER/JC
Patrícia Comunello
O último empreendimento inacabado e com obras paradas da Magazine Incorporações, pertencente aos acionistas do M.Grupo, no Rio Grande do Sul, passou nesta terça-feira (26) às mãos dos compradores. A imissão de posse das três torres do Jardins do Shopping, situado ao lado do Shopping Gravataí, na cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, foi feita no começo da tarde sob chuva, com a entrega do documento pelo oficial de Justiça do Fórum local.
O último empreendimento inacabado e com obras paradas da Magazine Incorporações, pertencente aos acionistas do M.Grupo, no Rio Grande do Sul, passou nesta terça-feira (26) às mãos dos compradores. A imissão de posse das três torres do Jardins do Shopping, situado ao lado do Shopping Gravataí, na cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, foi feita no começo da tarde sob chuva, com a entrega do documento pelo oficial de Justiça do Fórum local.
O primeiro empreendimento que foi transferido a adquirentes foi um flat existente na avenida 24 de Outubro, em Porto Alegre, em abril deste ano. Em maio, a segunda obra foi passada a compradores e investidores. Trata-se do complexo de duas torres comerciais Unique, em Gravataí. Todos os projetos tiveram boa parte das unidades comercializadas pela empresa do M.Grupo, mas estão com execução paralisada desde 2014.  
Um pequeno grupo de integrantes da Associação dos Adquirentes do Residencial Jardins do Shopping foi ao local para receber a posse e conferir as condições da construção. A estimativa é de que 45% da execução esteja concluída. "A posse tá na mão, agora é tocar o empreendimento", disse o advogado da associação, Rafael Nunes, que ingressou com o pedido de posse. Na torre do prédio, falta concluir alguns andares. 
Segundo o presidente da associação, criada há sete meses para buscar a posse e a finalização do empreendimento, Antonio Ubiratan Benites Moraes, serão levantadas agora as condições da obra e buscados orçamentos de construtoras para o término. "Já estamos recebendo construtoras com interesse na obra", garantiu Moraes. Também está sendo feito um relatório técnico simplificado sobre como foi recebida a obra, a ser encaminhado à Justiça.
A juíza da 3ª Vara Cível de Gravataí Marluce da Rosa Alves concedeu liminar para a posse no começo de julho. É a mesma juíza que tomou a decisão em relação às torres Unique. Pelo despacho, Marluce destituiu as empresas Magazine Incorporações e a América Participações. Além de dar poderes para terminar a obra, a juíza decretou a indisponibilidade de unidades do estoque da incorporadora. O Banco do Brasil, que financia o complexo pelo programa Minha Casa Minha Vida terá de apresentar histórico da liberação de recursos.    
O Jornal do Comércio contatou a assessoria de comunicação do M.Grupo, mas até a publicação do texto não havia recebido uma posição oficial.

Laudos e busca de construtora para concluir complexo

As torres somam 286 unidades, sendo que 209 foram vendidas e 77 são do estoque. Este número menor deve ser vendido para gerar receita para a obra, adiantou Antonio Ubiratan Benites Moraes, da Associação dos Adquirentes do Residencial Jardins do Shopping. Criada há sete meses, a associação tem 116 integrantes. Há outro grupo de compradores que pagou à vista ou usou bens para comprar unidades da Magazine. O presidente da associação disse que a entidade tentará contactá-los para que se somem na atual empreitada. A maioria dos associados comprou unidades com financiamento do BB, cujos valores só seriam liberados após o término da obra. Hoje eles pagam juros do crédito.
"Já tive o privilégio de fazer foto do meu apartamento, que é o número 408 da torre A", comemorou Moraes. No interior dos prédios, foram encontrados materiais que possivelmente não serão mais usados. Um laudo da patologia da obra e do que falta ser concluído serão buscados com empresas especializadas. A expectativa também é saber mais detalhes dos recursos repassados. A incorporadora teria R$ 15 milhões do BB. Uma das primeiras medidas será pedir a ligação da luz e colocação de vigias. Um zelador, funcionário do shopping, que reside em um dos apartamentos no térreo da torre A deve deixar o local até o fim de semana. 
O M.Grupo é presidido pelo empresário do interior paulista Lorival Rodrigues, que passou a investir no ramo da construção no Estado por volta de 2010. A operação e os ativos cresceram rapidamente em pouco mais de três anos. Outra empresas do grupo detêm shopping centers também em Xangri-Lá, Lajeado, Santa Cruz do Sul e Bento Gonçalves.
Rodrigues alegou, no fim de 2015, que a crise econômica e problemas de acesso a recursos de bancos, como o Bando do Brasil, teriam prejudicado o andamento das obras. Ao Jornal do Comércio, o empresário disse que tinha capital de R$ 1 bilhão para suportar os compromissos financeiros com os empreendimentos e garantiu que terminaria as construções. A criação de associações pelos adquirentes foi um dos caminhos encontrados pelo investidores para concluírem as obras.
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